Era um humilde cuidador de ovelhas,
belo menino que tocava flauta.
Rude instrumento, mas cuja centelha
inebriava a alma ainda incauta.
Horas passava, longas e parelhas,
sentado numa pedra, um argonauta
a viajar pelo que o som espelha
e poesia faz, mesmo sem pauta.
Alguns pequenos talos de bambu
faziam as delícias do menino.
O pastorzinho grego seminu
com olhos bem abertos e sonhando
imagens para além de seu destino.
ROGÉRIO CAMARGO
08.04.2011
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