também não basta ver-se como filho
quando, no tempo, muito longe vai
uma canção só feita de estribilho.
Nenhuma casa permanece, cai,
e trem algum mantém-se sobre os trilhos
quando o que é de ficar não fica, sai,
e a pólvora rejeita seu rastilho.
A seriedade é mesmo algo mais sério
do que pode supor a leviandade
do pai que ainda se vê como criança.
O que há de sólido no espaço aéreo
não pode sustentar uma cidade
construída somente em esperança.
ROGÉRIO CAMARGO
25.04.2011
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