Sofre-se mais por desonestidade,
por esconder o que de fato somos,
do que por consequência da verdade
em guarda contra a qual loucos nos pomos.
Vivemos muito menos que a metade
quando partimos a existência em gomos
e decidimos que uns têm liberdade
mas outros não irão por onde fomos.
O grande crime é não estar inteiro,
é dividir-se quanto às conveniências,
fazendo uma promessa a cada santo.
Os outros crimes todos não têm cheiro,
peso, sabor, volume ou consistência
perante o que é mentira e seus encantos.
ROGÉRIO CAMARGO
22.04.2011
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