quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

Invasor de Si Mesmo em Destaque no Google Brasil



Quer acompanhar a história que está fazendo o maior sucesso no Google + ? Então siga o link e veja as novidades.

https://plus.google.com/+GoogleBrasil/posts/fEw1KaJxMMF

PS: História concluída, disponível no link. Mais de 600 seguidores nessa coleção. Vai perder?

segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Conexão Literatura 30 - Ademir Pascale



Bom dia, tudo bem?

A edição da Revista Conexão Literatura deste mês de dezembro destaca
Hercílio Maes, um dos mais importantes escritores e psicógrafos de
Ramatís. Leia matéria e biografia completa do autor nas páginas da
revista.

Dicas de livros, resenhas, crônica, conto e muitas entrevistas aguardam
por você.

Toda a equipe da Revista Conexão Literatura: Rafael Botter, Daniel
Borba, Amanda Leonardi, Marcelo Bighetti, Nayara Borges, Wilson
Brancaglioni, Raphael Albuquerque, Eudes Cruz e esse que vos escreve,
desejam um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo. Que 2018 seja repleto de
energias positivas, amigos verdadeiros, muita paz, menos violência e
corrupção. E claro: MUITOS LIVROS! :)

Tenham uma ótima leitura e até a próxima edição!

VEJA O QUE VOCÊ ENCONTRARÁ NESTA EDIÇÃO DE DEZEMBRO:

Editorial: por Ademir Pascale, pág. 03
Especial: Hercílio Maes (capa), pág. 05
Crônica: Dezembro: tempo de renovar as energias, por Míriam Santiago,
pág. 17
Parceiros da Revista Conexão Literatura, pág. 20
Resenha: Tânatos - Contos sobre a morte e o oculto, por Eudes Cruz, pág.
21
Crônica: Game Over 2017, por Rafael Botter, pág. 26
Crônica: RPG, por Marissa Fernandes Tuthor, pág.28
Entrevista com JP Santsil, pág. 32
Entrevista com André Wagner Rodrigues, pág. 41
Entrevista com J. Sterling, pág. 45
Entrevista com Jonadabe Vieira, pág.49
Entrevista com William Tannure, pág. 54
Entrevista com Gil Epifânia, pág. 57
Entrevista com Samuel Caitano, pág. 61
Entrevista com Carla Krainer, pág. 66
Entrevista com Celeste Santos, pág.69
Entrevista com Renata Ribeiro, pág. 72
Entrevista com Dr. Roberto Martins de Souza, pág. 75
Conto: Antonio Spadoni, por Ademir Pascale, pág. 80
Saiba como participar da próxima edição da Revista Conexão Literatura,
pág.89

Compartilhem a nossa revista com os seus amigos, ela é gratuita:
https://www.facebook.com/conexaoliteratura/photos/a.497844883600589.144034.497188790332865/1727099464008452/?type=3

Site da Revista Conexão Literatura:
http://www.revistaconexaoliteratura.com.br

Para baixar a revista gratuitamente, acesse:
http://www.fabricadeebooks.com.br/conexao_literatura30.pdf

*****************************************

OBS: capa anexada ao e-mail. Fazendo uma postagem sobre esta edição, por
favor envie o link pra mim que postarei na fanpage da revista :)

Um forte abraço, um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo.

Ademir Pascale - Editor
Twitter: @ademirpascale

http://www.revistaconexaoliteratura.com.br

terça-feira, 7 de novembro de 2017

Projeto Invasor de Si Mesmo – Danny Marks


A ideia deste projeto é escrever um romance aberto. Os leitores podem opinar a vontade sobre os eventos e isso pode (ou não) alterar os rumos da história. Quer brincar com a gente? Toda semana terá um capítulo novo, até a realização final do romance.

O Argumento:

Um homem acorda de madrugada assustado com algo que não sabe o que é. Investiga a casa inteira e não encontra nada de diferente ou estranho, então tem o pior susto de sua vida: A pessoa que ele vê no espelho não é ele.
Assim começa a história que vai contar a trajetória do André Fontes que lembra de todas as coisas da sua vida, que é reconhecido pelos amigos e pela noiva como sendo a pessoa que acredita ser, mas que não reconhece o próprio rosto como sendo seu. Dia após dia, em uma crescente busca por explicação, André vai recorrer aos amigos, à ciência, ao sobrenatural e ao fantástico para encontrar a solução para o seu problema.

Contado em dupla primeira pessoa, a do investigador que precisa encontrar o desaparecido tendo como único ponto de partida as páginas de um diário eletrônico que intercala a narrativa em flashback de plano principal, esta narrativa vai se embrenhar no caminho do estranhamento de si mesmo, aprofundando nas questões da neurociência, da psicologia, das fronteiras da reconstrução das memórias, aos obscuros caminhos do misticismo e da fantasia até as mais loucas teorias conspiratórias, passando por questões filosóficas e emocionais.

Com duas perspectivas em primeira pessoa, a do homem que vivenciou o problema em tempo real, e a do investigador que terá que encontra-lo e descobrir o que ocorreu, o leitor poderá acompanhar este relato e traçar suas próprias descobertas e dúvidas, podendo alterar os rumos da história (ou não), na busca para descobrir respostas fundamentais como Quem realmente somos? Quem escuta o discurso interno em nossa cabeça? Quais os limites da mente?

Este projeto está em andamento aqui na página O Invasor de Si Mesmo (clique na aba correspondente) e no Google+ na coleção Invasor de Si Mesmo ( basta clicar no link ). Quem quiser participar é só deixar seus comentários e acompanhar a história.

Agradeço a todos o sucesso que este projeto tem alcançado, com novos seguidores a cada dia, ultrapassando com boa margem a expectativa inicial. Obrigado por compartilharem, comentarem, participarem desta brincadeira que resultará em um eBook que será disponibilizado após os trâmites de produção, revisão, ampliação e inserção nas plataformas. Valeu!!!


quinta-feira, 26 de outubro de 2017

SteampubDay com Danny Marks - Santos/SP


Assistam ao vídeo e vejam porque desisti de uma promissora carreira de Youtuber para me tornar escritor (mesmo na época que nem havia o Youtube rsrs). Depois venham conferir outros segredos da Escrita Criativa no SteampubDay. Nos vemos por lá!!


sábado, 30 de setembro de 2017

Novo projeto literário de Danny Marks, aguarde.



Conheça nosso site www.dannymarks.com.br

Depois da Pós-Verdade, a Polêmica – Danny Marks

             
Sabe da última polêmica? Não tem, pelo simples fato que jamais vai ser a última, apenas a mais recente que alguém inventou por algum propósito que poderá ou não ser atingido. Recentemente há uma tendência a revitalização dessa metodologia de provocar o outro através de atos ou palavras de duplo sentido e múltiplas interpretações. Digo recente porque não é algo novo, embora a forma como seja utilizada pode ser recente, incorporando novas tecnologias.
               Quando falo em tecnologias não digo apenas as novas formas de mídia, tecnologia vai além disso, significa algum tipo de conhecimento que pode ser transmitido e utilizado para algum fim, nesse sentido as técnicas de manipulação e apresentação da informação são tecnologias também, não apenas os aparelhos ou mídias em que aparecem.
              Quem trabalha com textos escritos ou visuais aprende bastante sobre os usos das tecnologias de informação para poder fazer melhor o seu trabalho, mas para o público em geral muitas coisas passam despercebidas e apenas os efeitos são sentidos. Há os que dizem que é possível através do conhecimento das técnicas envolvidas ficar vacinado contra a manipulação, não acredito nisso, embora concorde que é possível tornar mais difícil que os efeitos sejam sentidos quando se conhece os mecanismos que os produzem, algo como perder a encanto pela mágica quando se sabe como o mágico consegue ludibriar a plateia, mesmo que não se perceba o truque durante a sua apresentação.
              Esse também é um assunto polêmico, mas como todos do gênero é interessante poder ser discutido, afinal o objetivo verdadeiro e necessário da polêmica é justamente provocar um debate racional e saudável. Mas quando a ferramenta é usada para outros fins que não os quais foi criada para executar ocorre o que podemos chamar de deturpação de propósitos. E é o que tenho observado muito em relação a ferramenta da polêmica.
              Recentemente houve uma grande polêmica sobre a Pós-Verdade, um neologismo criado para as situações em que se nega veementemente uma verdade consensual com o uso de uma interpretação amplamente divulgada apoiada em fatos selecionados especialmente para reforçar a interpretação dada, recortes da verdade realinhados em uma sequência que parece ser verdadeira, mas não é. Apesar de ainda amplamente usada, a pós-verdade tem sido ridicularizada e denunciada de diversas formas, reduzindo o seu efeito danoso, mas não eliminando-o. O problema é que todo vírus não tratado até o extermínio, adapta-se ao remédio e fica mais forte. É o que aconteceu quando a pós-verdade se fundiu com a polêmica.
              Basta uma rápida olhada nas redes sociais e poderá ser constatado que as postagens mais comentadas são aquelas que envolvem algum tipo de polêmica, mobilizando exércitos de defensores e detratores com a mesma paixão. Espere, paixão e polêmica não combinam por um pressuposto básico que tudo que é feito emocionalmente exclui automaticamente um raciocínio lógico e deforma a argumentação, certo? A menos que esse seja o efeito desejado, utilizado com habilidade na construção da polêmica para alcançar o seu objetivo.
              E a polêmica apaixonada tem invadido as redes com todo tipo de objetivo manipulatório, desde a venda de um livro porque supostamente houve um engodo prévio, até a desautorização de instituições por conta de situações polêmicas habilmente trabalhadas para confundir. Tenho visto desde vídeos editados para apresentar uma posição que parece contrária a uma determinada pessoa, até recortes de cenas apresentados para embasar teses polêmicas em si mesmas. O que é direito? O que é arte? O que é ético? Tudo pode virar polêmica e ser apresentado com o viés necessário através da junção da pós-verdade com a paixão polêmica.
              Ah, mas isso é bom, as pessoas estão falando mais sobre as questões apresentadas. Estão falando mais de política, estabelecendo limites éticos, questionando as instituições, etc. Será? A que preço isso vem sendo feito e com qual objetivo?
              Recentemente vi um vídeo claramente manipulado sobre um possível candidato a presidência do Brasil que supostamente teria o efeito de validar a sua inadequação e demonstrar a falta de caráter e qualificação para o cargo. Mas será que é esse o objetivo? Ou será que a exibição obvia da manipulação não deixa a dúvida sobre todos os outros fatos levantados? Aquilo que poderia comprovar a inadequação pode ter o efeito inverso de criar uma dúvida sobre um (já declarado anteriormente) ataque desleal contra alguém que, até prova em contrário, é inocente e está sendo perseguido de forma abjeta, desprezível, provocando a simpatia pelo ofendido e não a aversão.
              A desconstrução de argumentações de algumas instituições e suas resoluções apresentadas sem um cuidado (ou com um cuidado específico?) pode desautorizar qualquer resolução justificada e enfraquecer todo um conjunto a partir de uma falha ocasional. É como construir uma lógica tendenciosa a partir de recortes que validem a teoria ou a condenem de vez. Alguém poderia dizer que aviões não podem voar porque maças caem das arvores, por exemplo, ou que não se deve dar tratamento humanitário para pessoas que matam e assassinos deveriam ser mortos para evitar que matassem novamente, mas quem seria o carrasco assassino final? Ou há justificativa para alguns assassinatos e outros não?
              A deturpação de argumentos contrapostos por recortes polêmicos se tornou a maior e mais eficiente ferramenta da pós-verdade, utilizando as paixões e os medos inconscientes de forma eficiente para criar um efeito amplificador que corrompe efetivamente qualquer projeto racional de um debate. Não dá para argumentar contra algo que, deslocado do contexto, é apresentado como argumento, ainda mais se dentro do contexto original teria o efeito oposto. Se alguém é a favor de algo em uma situação, fica automaticamente proibida de ser contra outra situação similar, mas com significantes diferentes, ou vice e versa.
              Se digo que gosto de bananas, como ser contra bananada ou a fruta junto com a comida, por exemplo? Não disse que gosta de bananas? Então vai ter que gostar de banana em qualquer contexto ou está sendo hipócrita. Fica automaticamente obrigado a gostar de banana com arroz e feijão, ou com aveia, ou feita em doce, ou temperada com sal e pimenta, ou... Pois é, dessa mesma forma que as polêmicas estão sendo tratadas, em uma cortina de desinformação apaixonada de pós-verdades que tem por único objetivo possível a manipulação subvertida de racionalidades e sentimentos para atingir um objetivo particular inconfessável.

              A diferença entre remédio e veneno é uma questão de dose correta e intencionalidade. E parece que, cada dia mais, aqueles que tem o conhecimento das ferramentas da informação as usam para seus fins particulares das mais variadas formas, sem qualquer apego pela ética ou preocupação com o coletivo. E se a informação pode ser manipulada dessa forma negativa, a única solução possível para impedir ou minimizar seus efeitos danosos continua sendo mais informação, mais transparência, mais criatividade na solução do problema que afeta a todos nós, mesmo que estejamos cientes disso, pois não há vacina possível para impedir a doença, mas há tratamento. E se não concorda com isso, apresente-me seus argumentos sem paixão e estarei disposto a conversar sobre isso porque adoro boas polêmicas, feitas da forma correta.

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Spoilers – Danny Marks


          Eu sei que você provavelmente tem uma opinião formada a respeito do assunto, e acredite respeito isso, mas vamos combinar. Se você for a favor de spoilers, vai concordar comigo. Se não for a favor de spoilers, não me diga nada ou estará traindo a sua convicção ao me dar spoilers da sua opinião, deixe que descubra sozinho. Fala sério!!!
          Estabelecida essa regrinha básica para este caso, vamos a minha argumentação. Eu não ligo para spoilers, na maioria das vezes. Claro que se for aquele caso de uma história cuja única característica importante é justamente o suspense, saber antecipadamente o que vai acontecer é estragar a única coisa que faria outra pessoa acompanhar a narrativa, concorda? Isso é uma tremenda sacanagem, no sentido de coisa ruim, porque há aquelas sacanagens que...
          Voltando ao assunto. Excetuando aquele caso descrito ali acima, qual o problema de spoiler? Aliás, o que seria exatamente um spoiler? Segundo a Wiki (ALERTA DE SPOILER) é o ato de “Destruir ou reduzir o prazer, interesse ou beleza de algo”, cara isso é muito sério. Deveria ser considerado como o décimo primeiro pecado capital “Não darás Spoilers ao teu semelhante” e deveria vir logo antes de “Não Matarás” para prevenir. Mas, convenhamos, quando isso realmente ocorre? E lembre-se, excetuando-se aquele exemplo que dei, não vejo muitas situações em que isso realmente ocorra.
          Sou da época em que as pessoas adoravam comentar sobre qualquer coisa, tendo o outro ciência disso ou não. O último capítulo da novela? Aquele livro daquele autor? O seriado que passava na televisão? E o filme que está em cartaz? Eram motivadores para longas discussões, e nem era preciso que o interlocutor realmente tivesse visto o motivo do debate, bastava que tivesse interesse que, invariavelmente, seria aguçado depois do spoiler.
          Como assim? Ora, muitas vezes o interesse era provocado apenas e tão somente para provar que o outro que teve o conhecimento antecipado, não tinha percebido todos os detalhes, que seriam acrescentados em outras discussões. E nem precisava ser imediato, poderia levar anos até que se conseguisse debater com suas próprias impressões as questões levantadas pelo outro que, muitas vezes, era obrigado a rever tudo de novo para poder continuar debatendo.
          Isso causava um fenômeno estranho para os dias de hoje, as pessoas RELIAM LIVROS!!! Às vezes mais de uma vez. Assistiam filmes incontáveis vezes para não deixar escapar nenhum detalhe. Viam novamente séries inteiras, descobrindo falhas de argumentos, confirmando teses, eram verdadeiros garimpeiros de novidades dentro do que já haviam visto. Por vezes criavam clubes para debater cada particularidade de uma obra exaustivamente, e ao final, voltavam a ver só para ter o prazer de ampliar a beleza do que já sabiam existir através dos comentários com os amigos. Era como se a cada revisão todos com quem já tivesse debatido sobre a obra, estivessem ali ao lado, vendo tudo de novo e tendo a mesma sensação de que valia a pena rever.
          Hoje, isso parece ser algo que não existe mais. Ou pelo menos alguns querem fazer crer que não é mais possível ter esse prazer de rever pela perspectiva compartilhada. Sabe aquele filme? Não fala nada, ainda não vi! E o livro do... Nem pensar, não me conta. Ah, mas o jogo de ontem. Cala essa boca! Eu não quero saber o resultado, deixei gravado para assistir mais tarde. Ok, então aquela novela. Já disse para não dar spoiler! Mas, estão reprisando ela...
          Que tipo de sociedade que estamos criando? Não vou mais votar na próxima eleição porque já sei que ninguém que for eleito vai fazer nada de bom, já votei em muitas eleições antes. Não vou me esforçar para vencer na vida, já me falaram que nunca dá certo. Não vou investir em um relacionamento porque já tive um e deu tudo errado. Não vou reler aquele livro, ou ver aquele filme, já conheço a história. Deus, nunca mais vou ao teatro ver uma nova interpretação daquela peça que já foi exibida por séculos! Que perda de tempo. Quero novidades, quero coisas que nunca fiz, que nunca ninguém fez, coisas que me desafiem e que não vou poder contar para ninguém porque spoiler é a coisa mais abominável que existe e não posso cometer o mesmo erro que os outros.
          Adeus clubes de fãs, para que falar com pessoas sobre um livro que todo mundo já leu e sabe tudo o que precisa saber sobre ele; e se não souber, não vou poder falar nada para não quebrar o prazer da descoberta.

          Você já soube que tem um livro novo do... Não me conta! Deixa eu descobrir sozinho. No entanto, ainda damos risadas das velhas piadas, que todos já estão cansados de ouvir, mas que ainda nos faz rir. Ainda estamos tentando resolver os velhos problemas que todos já sabem as causas, mas ninguém descobriu a solução. Ainda estamos aguardando aquele final do mundo que já foi anunciado milhões de vezes, mas para o nosso prazer sádico, ninguém ainda interpretou corretamente. Até que alguém nos dê o spoiler final. Então será realmente o fim. Mas isso você nunca vai ficar sabendo.

Conheça o site de Danny Marks em www.dannymarks.com.br

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Comunicado Importante - Danny Marks


Olá leitores do Retratos da Mente, devem ter percebido que houve um decréscimo de postagens no blog, além de alterações recentes. A questão é que tenho que fazer uma escolha séria. Ou reformulo completamente as estratégias em relação a minha carreira como um escritor profissional, ou vou ter que abandonar completamente essa ideia e pensar em algo completamente diferente.
Venho falando há algum tempo sobre o mercado literário brasileiro e suas crises, então não há o que estranhar quando editoras, livrarias, escritores, etc resolvem encerrar suas atividades e partir para novos rumos. Tenho observado diversos autores nacionais terem sérias dificuldades, enquanto outros assumem os postos. Tenho visto modelos antigos (e ruins) de publicação retornando, outros modelos sendo criados, mas ainda é visível e incontestável que no Brasil, só fica famoso quem é famoso, só ganha dinheiro quem tem dinheiro (as exceções ilícitas não vou considerar, estou falando de um trabalho honesto, dentro das regras), salvo raras exceções que as mídias adoram apontar como "cases de sucesso", mas cá entre nós, desde o século passado quando estudei administração, venho dizendo que exceção não é regra e essa conversa de que "o cara fez, então você também pode" é balela de auto-ajuda e (muitas vezes) armadilhas de mal intencionados. Alguém conseguir fazer só demonstra que é possível, mas não significa que a regra está estabelecida.
O que vale, em termos de negócio, é criar uma estratégia solida com base em um estudo prolongado, levando em conta os recursos disponíveis e com um bom plano de contingência para o caso de imprevistos ocorrerem. Em outras palavra, vai na fé e se der tudo errado, reza em dobro. 

Brincadeira, mas não se pode negar que mesmo uma estratégia muito bem elaborada pode esbarrar em imprevistos que podem derrubar todo o esquema, enquanto um improviso pode acabar encontrando um meio favorável e dar muito certo, por algum tempo. Um bom administrador tem que levar em consideração todas as variáveis e sempre ter um plano B na manga para o caso dos imprevistos serem desfavoráveis, ou até mesmo para dar tudo mais certo do que previsto (sim, isso pode ser um problema, porque rapidamente cria uma expectativa que pode ou não ser cumprida e precisa de uma análise rápida para saber se é uma tendencia ou uma "moda" que logo vai desaparecer). Prever e planejar no curto, médio e longo prazo em tempo real e durante todo o processo, é a marca de um bom administrador. 
Infelizmente, sou melhor escritor que administrador, mas atualmente para ser escritor tem que ser administrador, relações públicas, marketeiro, agente cultural, ativista social, historiador, psicólogo, político, empreendedor, sociólogo, filósofo, e por ai vai. Além de ter que dominar as técnicas de escrita e arrumar algum tempo para pesquisar os temas a serem trabalhados. Ser rico ajuda bastante, pode contratar uma equipe para fazer todos os trabalhos e se dedicar a essência da escrita que é, acreditem, escrever!!! Ser famoso também ajuda, porque pode captar investidores ricos e eles contratam as equipes. Quando não se é nem rico, nem famoso, então... você tem que dar um jeito de fazer as coisas darem certo por outros caminhos mais difíceis (nem preciso falar qual é o meu caso).

Não sei se felizmente ou infelizmente (não há consenso nem entre os poucos adversários que tive ao longo da vida) sou uma pessoa teimosa e inteligente, dotado de criatividade dita acima da média (Já ouviram a minha frase que Criatividade é o meu negócio? Pois é...) e sempre que esbarro em um problema estudo todos os ângulos, testo possibilidades, analiso resultados, crio estratégias e, na maioria das vezes, consigo superar de alguma forma (com a ajuda de amigos, sempre fica mais fácil). Não a toa que o lema do meu grupo de estudos misticos, que ajudei a montar e presidi por vários anos, era "Fazemos o possível hoje, e o impossível amanhã".
Ok, onde quero chegar com tudo isso? Que estou decidido a fazer a maior (e talvez a última) aposta da minha vida, me tornar um escritor mundialmente famoso e (de preferência) rico. Para tanto vou reformular completamente as estratégias, mobilizar meus amigos, leitores, colegas, incentivadores, apoiadores, etc em uma grande aventura que pode mudar completamente os rumos da história do mercado de livros brasileiros e a própria literatura nacional. 

Achou ambiciosa a proposta? Claro que é, sempre pense grande quando traçar os seus objetivos, depois pense nos pequenos detalhes que serão sua escada para alcança-lo. Dessa forma não será surpreendido por nenhum dos fatores que possam aparecer, nem mesmo o sucesso da empreitada (é, tem gente que não sabe o que fazer quando consegue um sucesso depois de ter batalhado muito, já deve ter ouvido histórias verídicas a respeito).
Como mudaria a história do mercado de livros nacionais? Simples, porque nunca deixo de pensar no crescimento dos que estão lutando ao meu lado. Essa é a marca da minha trajetória até agora e vai continuar sendo. Crescemos juntos, para crescer melhor, abrimos caminhos para que todos possam passar e ver novos horizontes. O mercado de livros no Brasil sempre foi um mercado de nichos, falar em crise é até ridículo nesse contexto, mas pretendo mudar isso. Será um longo percurso até chegar nisso, mas estou acostumado com histórias complexas, sem heróis, sem vilões, apenas pessoas fazendo o que podem para viver um amanhã melhor.
Por isso estou dando um ponto no trabalho deste blog e de outros que participei. Mas não é um ponto final, é apenas o encerramento de uma ideia e a abertura de um novo capítulo que ainda não sei como será exatamente (ainda estou trabalhando nos detalhes), mas que vai seguir um rumo diferente, a começar pela marca Danny Marks, que podem observar encimando esta postagem. 
Podem se preparar para ouvir falar muito dessa marca. Podem se preparar para conhecer o melhor que posso fazer. Meu estilo literário central vai ser a FC & Fantasy, nos moldes clássicos, aqueles que embalaram a minha infância com Arthur Clarck, Isaac Asimov, Poul Andersen, Dean R Koontz, Ray Bradbury, Stephen King, entre outros, mas vou fazer incursões também na Comédia de Costumes, no Horror, no Policial, e pode ser que tudo isso acabe aparecendo em um mesmo lugar, porque a minha literatura pode ter ponto de partida, mas não pretende ter um destino final.
Quer fazer parte desta aventura? Então fique de olho aqui e nos diversos lugares onde se fala de literatura. Procure Danny Marks no Facebook, no Google Plus, na internet. Apoie, divulgue, leia, compartilhe, cresça junto, tenho certeza que vai gostar bastante do que virá. E se quiser falar diretamente comigo, mandar sugestões, pedir explicações, o que quiser (não sei se vou atender a todos os pedidos, mas pode tentar, não?), pode mandar email para dannymarksblog@gmail.com ou aguarde os canais de contato que serão abertos junto com o site que estou desenvolvendo. Venha fazer parte dessa jornada sem herói, mas com uma força imbatível, e que as Estrelas continuem a iluminar os nossos caminhos. Assim será.

Danny Marks
Escritor
15/08/2017

domingo, 13 de agosto de 2017

Alguma Poesia - Danny Marks




Sinto-me constrangido quando me chamam poeta. Por conhecer e ler tantos Poetas e suas obras. Alguns amar, outros ser amável, alguns ignorar, outros que me ignorem. Não sou tão fã de poesia quanto poderia, nem sei. Nem domino tanto assim a métrica, a forma, a desconstrução e a perfeição artística da Arte de Poetar, prefiro escrever outras formas de história. Quem me dera ser alguém assim, meio pássaro, meio gente; Meio, início e fim, ter algo de poético em mim para poder olhar o mundo e sempre ver, sempre procurar algo de belo no horror que pode ser o mundo, na denúncia que se proclama. Se declama. Mas me vem um poeta e diz: Poeta! E por ver em mim a poesia que dele transborda, me torno poeta também, menor, distante, desconstruído em palavras em busca de sentidos. Então, que haja alguma poesia, até mesmo onde ela não se reconheça, mas que esteja presente no que se faz.

domingo, 2 de julho de 2017

Deus Vapor - Danny Marks


O jovem Tesla divide o seu dia em múltiplas tarefas; fazer experiências científicas, trabalhar para ajudar os pais na dura vida do campo, estudar e sonhar junto com sua amada Lisa uma vida melhor para todos. Mas para isso terá que se tornar aprendiz do Feiticeiro, o único que controla a misteriosa Tecnologia do Vapor. Porém, um mistério poderá mudar completamente a vida de todos os envolvidos. 
A quem devemos dedicar nosso futuro? Ao Sonho ou à Ciência? Tecnologia ou Tradição? O que fazer quando todas as possibilidades parecem ser divergentes? É o que terão que descobrir Tesla e Lisa, se quiserem desvendar os segredos do Deus Vapor e sobreviver à todas as revelações!
Já disponível em www.dragonflyeditorial.com.br

sábado, 1 de julho de 2017

Um pensamento na noite - Danny Marks

Eu realmente não me importo se você fala muitas línguas, se posso me comunicar com um abraço muito melhor que você.
E não me importo se vai passar pelas pontes que construí, eu as deixei para que todos as usassem.
Só não fique impressionada quando a multidão me tocar com os seus olhos. E se eu chorar novamente, pode sorrir, será com alegria que o farei.
Não desci das Estrelas para ser o seu céu, mas para dizer que há um lugar para todos no Universo. Porque de onde eu vim, todos são Alguém.
E se algum dia se esquecer, não importa. Em algum lugar contarei a sua história também. No meu coração não há espaço para guardar mágoas, está todo cheio de amor.

segunda-feira, 19 de junho de 2017

Costelas de Salomão – Danny Marks


          Chega o momento em que se tem que mandar as estratégias às favas e rever tudo do zero, e o único momento em que isso acaba acontecendo é quando todas as coisas parecem estar erradas, ao menos para os brasileiros. Temos a cultura (errada) de que “em time que está ganhando não se mexe”, e nisso denota-se dois erros clássicos: 1 – de que tudo funciona como no futebol, com times e torcidas organizadas (às vezes até mais do que os clubes e confederações) e 2 – esquecem que é quando o time está ganhando que há espaço para testar novas possibilidades, não quando está já quase derrotado, no desespero.
          Ok, claro que vou falar (novamente) do “mercado literário brasileiro” que insisto, não existe de fato, sendo mais um “mercado de nichos” que realmente um mercado de livros e, não, não vou apresentar novamente os argumentos a respeito disso. Desta vez vou usar uma estratégia diferente, dissecar o problema por segmentos e apontar onde possam estar soluções. É claro que não sei se funcionam, não tenho como testa-las, mas pensem a respeito e me digam, ou não digam, façam.
          Então vamos lá. Em primeiro lugar há na atualidade uma grande reclamação por parte dos segmentos envolvidos nessa crise de que as vendas despencaram, ou nem alavancaram, apesar dos esforços. Sei disso porque tenho contato com várias pessoas do setor e muitos me procuram em busca de soluções, até testei algumas, mas os resultados neste caso sempre são de longo prazo. Qual o problema? O que está havendo? Quem ou o que está provocando isso tudo? É o que pretendo destrinchar neste trabalho.
          Vamos começar pelos autores brasileiros. As perguntas que faço são: Quantos autores brasileiros contemporâneos foram lidos por autores brasileiros? De que tipo? Só os que já foram consagrados? Autores iniciantes com novas propostas? Desses, quantos foram divulgados pelos autores que os leram? Fica difícil querer que haja um mercado quando os próprios agentes do mercado que poderiam se beneficiar mais, agem como se não existisse. Entenda, não existe mercado de UM único produto, há sempre a necessidade de uma variação para gostos, preços, qualidades, etc., e é ISSO que faz com que os segmentos se formem e o mercado se fortaleça.
          Ah, mas autores brasileiros são ruins de se ler. Concordo, em parte, há uma gama imensa de autores que acreditam que basta o talento e tudo se resolve. É como se fosse possível arrancar um diamante da terra e incrusta-lo em um anel e pronto, nenhuma lapidação, nenhuma técnica, só o “natural”. Tentem fazer isso e o mercado de diamantes vai abaixo em pouco tempo. São as técnicas de lapidação que tornam a pedra valiosa, brilhante, eficiente. Então, autores, estudem muito as técnicas, ou guardem o seu talento para si. E, sim, há muitos autores excelentes, embora na maioria das vezes desconhecidos do público e dos próprios autores, então, experimentem, vão se surpreender.
          E nisso chegamos ao segundo segmento envolvido, as editoras. Tudo bem que uma editora precisa vender, mas é preciso ter noção do que será negociado e como. Houve há algum tempo uma enxurrada de editoras que nasciam apenas para vender publicações para autores. Qualquer um podia publicar em um livro solo ou coletânea, bastava pagar e ainda “ganhava” alguns livros que poderia vender e resgatar o dinheiro de volta. Ótimo negócio, se fosse combinado com os russos, no caso os leitores, que foram simplesmente deixados de fora na equação. Quando se tem um produto ruim, pode-se até vender e ter lucro por algum tempo, mas depois o mercado (leitores) reage e exige uma qualidade melhor, haja vista como exemplo as lojas de R$ 1,99 que vendiam qualquer porcaria por um preço baratinho e depois tiveram que subir o preço e a qualidade ou fechar.
          Se as editoras não investem em profissionais de revisão para trabalhar os textos que, invariavelmente vão chegar com erros de todos os tipos (desde estilísticos até gramaticais), vão acabar entregando um produto ruim, defeituoso e vão prejudicar a própria imagem da marca (editora), o que dificulta as vendas posteriores. Pior, se a editora publica qualquer coisa, literalmente falando, acaba criando a imagem negativa de negócio que dificilmente será revertida. Por outro lado, se as editoras investissem em profissionais de revisão, haveria uma demanda maior por cursos do tipo nas escolas, haveria mais profissionais qualificados e uma competição saudável por preços e qualidade do trabalho de revisor que seria benéfico para as editoras e para os autores, que poderiam contratar esses profissionais para auxiliar no processo de depuração do original antes de apresenta-los para as editoras, que então teriam menos trabalho e mais qualidade no material recebido. Não lhe parece um bom negócio?
          Então vamos a outra ponta da equação, as vendas. Sites de publicação há aos montes, mas todos seguem os mesmos padrões. Colocam os títulos, os preços e uma resenha curta (na maioria das vezes feitas pelo próprio autor). Alguns até disponibilizam para os leitores (que compraram) falar algo sobre o livro e dar “estrelinhas”. Sério?! Alguém volta no mercado para dizer “este sabão em pó é excelente, dou cinco estrelinhas para ele” e sai satisfeito de ter dado a sua contribuição para o mercado? O mesmo ocorre com livros, acreditem. Livros são produtos, precisam de estratégias de marketing, de exposição, de incentivos ao público para que falem sobre o produto, de degustação, enfim, todo tipo de coisa que pode alavancar uma venda quando a qualidade é garantida. Querem estimular os leitores (e não apenas os que compraram no site aquele determinado livro) a comentarem sobre? Então ofereçam descontos para quem fizer comentários (sejam quais forem) nos livros apresentados. Ao mesmo tempo que alavancam as vendas do site (no uso dos descontos), fazem com que as pessoas se proponham a comentar sobre o produto oferecido.
          “Ah, mas eu gosto de livro físico, essa coisa de eBook não colou não, me perdoem as arvores”. Ok, em primeiro lugar são dois segmentos não excludentes, ou não deveriam, que exigem estratégias diferenciadas. Um livro impresso que não é exposto, ou fica em uma prateleira na estante do fim da loja, dificilmente vai vender, serão arvores derrubadas inutilmente. Que tal fazer rotatividade nos exemplares apresentados na vitrine? Colocar os menos vendidos e os mais vendidos, lado a lado? Porque, pense bem, quem vai comprar dois exemplares do mesmo livro? A não ser para dar de presente. Então se um livro teve muitas vendas, a probabilidade delas caírem com o tempo é muito maior, e se você volta à mesma vitrine e sempre estão com as mesmas ofertas que, provavelmente, você já tem, qual o interesse em parar para ver novamente? Não seria melhor uma oferta rotativa? Gerar um interesse em buscar aquele livro que viu na vitrine (e não está mais lá) dentro da loja?
          Quanto aos eBooks, eles oferecem a oportunidade de degustação, que pode alavancar a venda do digital (por ser mais barato, e por favor, TEM que ser MUITO mais barato) ou até a do físico, afinal com o preço dos livros é sempre bom poder dar uma olhadinha para ver se é realmente interessante antes de pagar por ele. Então deveria haver estratégias de incentivo a essa degustação, estarem disponíveis INCLUSIVE na livraria física, não apenas nos sites especializados que colocam uma enxurrada de livros de todos os tipos, com filtros que mais embaralham que ajudam. E se há procura por um determinado livro, então ele deve ser disponibilizado o mais rápido possível para o leitor na opção que achar melhor.
          Recentemente me perguntaram qual seria a minha estratégia para fazer uma tarde de autógrafos de um eBook. Achei pertinente a pergunta e a resposta é bem simples, aliás, dou um exemplo de estratégia de mercado. Recentemente comprei um pacote de programas de uma empresa famosa mundialmente. Veio a embalagem e um código que me deu acesso a um site na internet onde pude instalar os programas e usa-los e, veja que interessante, me ofereceram vantagens e ofertas para ampliar ainda mais a experiência, caso estivesse interessado. Então a resposta é simples, em uma tarde de autógrafos de eBooks, poderiam ser autografadas as embalagens com a capa do livro e dentro o código exclusivo para acesso ao conteúdo digital em diversas plataformas, além de poder incluir alguns benefícios exclusivos para quem comprasse naquele evento específico. Teriam algo físico para marcar, guardar e até dar de presente, e não alteraria o valor do produto digital. Poderia haver leituras de trechos do livro junto com o público que poderia acompanhar em seus aparelhos particulares. E por aí vai, as estratégias são ilimitadas quando há criatividade e interesse e, como sempre digo, criatividade é o meu negócio, sou um autor afinal de contas.
          Por fim é preciso combinar com os russos, digo, leitores. Sem isso não há mercado. Como fazer com que o público queira ler mais autores nacionais de qualidade (sim, é preciso que seja oferecido algo bom, do contrário toda a estratégia vira o contrário do que deveria, mas isso já supondo que foram feitos os trabalhos descritos anteriormente aqui mesmo)? Ora, é igual novela, que faz sucesso porque todo mundo comenta. Mesmo quem diz que não gosta, sempre dá uma espiadinha nem que seja para poder entrar naquela conversa em ponto de ônibus, no trabalho, na roda de amigos, nas redes sociais, etc. De que adianta saber de uma coisa fantástica que não se pode comentar com ninguém? Trocar experiências e impressões? A primeira lei de Marketing é sempre a de que um produto só existe se alguém falar sobre ele. Então como fazer isso?
          Caso não tenha percebido, apresentei algumas estratégias nesse sentido ali acima no texto, retorne e leia com mais atenção. Mas não são as únicas, é possível estimular um mercado criando demanda a partir de soluções simples. O mercado da moda cria desfiles, diversas lojas contratam modelos para usarem as roupas que estão acessíveis nas arandelas e as exibem para o público criando o desejo de ficarem parecidos com as belezas que se apresentam. Na literatura deveria haver o mesmo. Bibliotecas deveriam, com o apoio das livrarias e editoras, fazer saraus de leitura de diversos autores contemporâneos. Escolas deveriam promover encontros do tipo, abertos ao público em geral e estimular os alunos a participarem (além de poderem atrair público para os seus cursos).        É preciso desconstruir a coisa de que ler é uma atividade solitária, para poucos e estranhos seres. Sexo é uma atividade intima e, no entanto, todos falam de sexo, todos se interessam por sexo, todos têm seus gostos e preferências e, não, não estou incentivando o sexo em público e coletivo, é apenas um exemplo de que há atividades que são intimas, mas que produzem experiências que podem ser compartilhadas de forma saudável e enriquecedora dentro de grupos com os mesmos interesses, e até abrir possibilidades maiores de experimentação.
          Claro que todas as estratégias apresentadas aqui necessitam de maior elaboração para serem aplicadas, são genéricas por necessidade de espaço e porque também sou um administrador, quem estiver interessado em um estudo mais aprofundado, basta me procurar que negociamos um valor razoável e interessante para ambos. Também sou escritor, professor de técnicas discursivas e leitor, então todas as estratégias para melhorar o mercado me interessam de diversas formas. Além disso acredito que, ou se perde tempo dizendo como as coisas estão ruins, ou se ganha tempo resolvendo a situação.

          Gostou? Detestou? Não se cale, compartilhe o texto com todos os seus conhecidos e amigos, reflitam em conjunto sobre o que foi apresentado e me incluam no debate, se possível; tenho o maior interesse em ouvir o que tenham a dizer a respeito. Afinal, crítica é algo bom, mesmo sendo desagradável de se ler, porque nos ajuda a entender como os leitores estão recebendo o que produzimos e podemos melhorar o que está ruim e aprimorar ainda mais o que está bom. E, me perdoem os que pretendem ser autores, se não concordam com o que foi dito neste último parágrafo, talvez seja melhor investir em outra profissão. Dizem que a de político está em alta, e não precisa nem dar bola para o eleitorado o tempo inteiro, só contratar bons marqueteiros na hora da campanha. Como não tenho estofo para política, então vou continuar como escritor mesmo, e que venham os comentários. Estou aguardando você.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Uma Sombra Passou por Aqui – Danny Marks


          Eu sou fã de Ray Bradbury desde que li O Homem Tatuado na infância, uma edição pocket emprestada da biblioteca volante. Devolvi o livro, mas não as histórias que continuaram comigo até hoje. Li outros livros dele, com histórias até mais sombrias e fascinantes. Acho que meu demônio pessoal gosta desses contos sombrios.
           A questão é que, em muitos momentos, histórias antigas parecem sair dos livros e ganhar a realidade, fantasmas e monstros se tornam mais reais e assustadores que as imaginações, ou a generosidade dos autores, permitiram que fossem descritas. E o mundo se torna sombrio, frio e implacável.
          Tenho escrito muito sobre literatura, sobre política, sobre o mercado de nichos literários brasileiro e suas crises. Nas redes sociais recentemente comentei sobre minha decepção com mais um filme adaptado dos quadrinhos, a Mulher Maravilha, que me pareceu uma visão machista de como seria uma “mulher forte”, com estereótipos em vários níveis.
          É possível para um homem entender o Feminino. Um homem, Freud, foi quem cunhou o termo e o descreveu inicialmente em sua conferência XXIII. Escrevi sobre o termo destacando-o na obra poética de Carlos Drummond de Andrade, outro homem. Então, posso afirmar com toda convicção de que é possível para um homem entender um personagem complexo como a Mulher Maravilha, princesa das Amazonas, na ilha fictícia de Themyscira, a “Ilha Paraíso”. Por que isso não foi feito?
          Ok, não vou entrar no mérito de adaptar um personagem antigo e complexo de uma mídia HQ para outra, a tela do cinema, ainda mais quando há inúmeras controvérsias a respeito das características do personagem, mas uma coisa não pode ser deixada de lado em nenhum tipo de história, independente da mídia onde se apresenta: a coerência. Se vamos falar de uma princesa guerreira, de um lugar onde foi a única criança em séculos, governado por mulheres guerreiras, o mínimo que se pode ter como base argumentativa é um profundo conhecimento do que é o Feminino, suas fraquezas e forças. E isso foi realmente desconsiderado, na minha opinião.
          Mas, antes de me considerar definitivamente um homem velho e chato que escreve histórias e tem uma visão pessoal crítica sobre todas as coisas, tenho que dizer que, dentro do cenário global, há uma boa justificativa para coisas ruins, ou não tão boas quanto o esperado, como o filme, o mercado literário e até mesmo (por que não dizer) a política.
          O que essas coisas todas têm em comum? Ora, me perdoe se não entendeu ainda, mas tratam-se de construções da mente humana. A política é, por definição, a arte de conviver em grupos (humanos) e nasceu da necessidade de criar regras de mediação para evitar que os indivíduos se exterminassem em guerras (outra criação humana) sem fim. O mercado literário é a forma criada para propagar com rapidez e eficiência as histórias desenvolvidas a partir da realidade e ampliadas por conceitos morais e filosóficos pela lente da imaginação. As adaptações das mídias só permitem que mais pessoas tenham acesso aos conteúdos criados para orientar e divertir as pessoas.
          Portanto, por serem criações humanas, possuem toda a grandiosidade bipolar que a mente humana pode alcançar através das suas construções. Tanto o luminoso raiar da esperança e da bondade, quanto o sombrio exaltar da guerra e da crueldade. Humanos podem criar em suas mentes e realidades, tanto deuses sábios e generosos, quanto demônios inteligentes e cruéis. E isso tem o seu lugar no mundo porque são visões interpretativas da vida, que não é sábia nem generosa, ou cruel e ardilosa. A vida é apenas um fato complexo que se extingue para o indivíduo quando sua trajetória termina, mas não para os que assistem a esse fim e o temem acima de tudo.
          Recentemente vi uma crítica ao meu livro O Jogo, de que era para nerds, que era para pessoas “cabeça” e coisas do tipo. Me surpreendeu essa visão, talvez provocada pela minha própria exposição do trabalho, onde falo das elaboradas técnicas utilizadas para permitir uma experiência sem par no leitor que pode ler em diversas camadas os conteúdos que estão lá, mas se fecham realmente nos conhecimentos e vivências do leitor. Não há uma “leitura” final do livro, a história se adapta ao leitor e busca satisfaze-lo (ou seria uma péssima história) dentro do que ele almeja encontrar. Portanto, não há como errar na interpretação, ela é totalmente pessoal e válida. As técnicas elaboradas são justamente usadas para tornar a leitura fácil, divertida e eficiente.
          Aparentemente não fiz um bom trabalho nisso ou não teria uma crítica do tipo. Ou, mais provavelmente, a pessoa não quis se aventurar porque se sentiu intimidada a ler algo “complexo”. Estranho? Não, absolutamente, pelo contrário, mais comum do que se possa imaginar. Subestimamos nossa capacidade de compreensão e a ajustamos ao que acreditamos ter, não o inverso, que seria mais eficiente e verdadeiro. Reduzir ao mínimo denominador comum é uma prática que, fora do universo da matemática, se torna perigosa.
          O perigo consiste em tentar incluir a todos esquecendo que há um percurso para retornar, ou o que poderia ser enriquecedor e resolver a equação, se torna uma decadência. Imagine se as empresas de tecnologia resolvessem que deveriam fazer as coisas tão mais simples que qualquer pessoa, em qualquer idade pudesse entender. Há dois caminhos possíveis aqui.
          Em um deles, teríamos o decréscimo da tecnologia aos níveis pré-históricos, compreensíveis tanto aos que viveram e usaram essas tecnologias na sua nascente, quanto todos os outros que vieram depois. Outro seria fazer com que as pessoas aprendam ao menos o funcionamento elementar para então descobrirem as possibilidades maiores. Assim vemos idosos dominando smartphones e internet, melhor que muitos jovens, e não as pessoas se reunindo em cavernas ao redor de fogueiras enquanto alguns pintam paredes.
          Calma, não me perdi na minha argumentação. Estou apenas citando exemplos que a embasam para demonstrar que a generalização é boa, se o objetivo dela for encontrar um ponto de partida para algo melhor, ou péssima quando a colocamos como um ponto final, reducionista, que é o que tem se tornado um padrão cada vez mais estabelecido e perigoso.
          Reduzimos o nível do ensino porque nem todos alunos estão acompanhando e é preciso inclui-los. Mas não fazemos com que esses alunos inclusivos possam alcançar o seu melhor potencial, porque é mais fácil para todos se as coisas forem simplificadas. Mais fácil, porém não o melhor. Reduzimos as expectativas para atender a todos, e cada vez temos menos expectativas, porque ninguém quer se aventurar no difícil se basta o fácil. Até que não basta mais.
          Um filme para vender tem que ser bem raso, para atender a todos os públicos e conseguir maior proporção do público. Mas perde público porque as pessoas ficam entediadas e passam a não querer ir assistir filmes tolos com personagens rasos. Mas isso ajudaria um monte de gente! Gritam os defensores da inclusão. Mais pessoas poderiam assistir, entender, escrever e produzir esses filmes. Ok, para isso é que existem as classificações, os segmentos. Uma escada não é feita de um único degrau e até mesmo rampas tem que ter em sua ideia básica a de que haverá um esforço na ascensão e isso deve ser levado em consideração em seu projeto. Do contrário, teríamos que reduzir tudo ao mesmo plano, acessível a todos com facilidade.
          Quando eliminamos pela generalização a possibilidade de começar de algum lugar para chegar acima do estado anterior, extinguimos perigosamente o motor da evolução, o desafio sustentável, aquele que nos permite ser melhores e maiores do que quando iniciamos a jornada. A vida exige um crescimento antes da decadência, que virá com toda certeza, mas que produzirá um efeito benéfico nas próximas gerações. Do contrário seriamos imortais e eternos, porque o que já somos nos bastaria, no entanto, a vida nos ensina que os progressos de uma geração devem necessariamente ser superados pela geração seguinte que se apoia nos progressos anteriores para ir mais além e garantir a sobrevivência da espécie e a evolução, sob pena de decairmos até a extinção.
          Dizer que todos os políticos são iguais, é negar que haja uma possibilidade de progresso, que a corrupção é imbatível e estamos todos fadados a morrer em uma guerra bárbara que se torna inevitável, porque não há políticos capazes de mediar os conflitos. Dizer que o mercado literário tem que atender a todos de uma forma igual é negar ao público algo melhor, apresentar como iguais tanto os autores que se especializam no seu trabalho, com os que apenas sabem juntar palavras e convencer as pessoas de que escrevem.
          Acredito que se Ray Bradbury, entre outros gênios da literatura mundial, tivessem nascido hoje, jamais conseguiriam o sucesso, porque são difíceis demais para entender, não tinham público, e não teriam porque ninguém falaria deles para não ofender os que não conseguiam compreender a profundidade dos seus textos. Reduziríamos os mercados de nichos ao grupo em torno da fogueira, e adaptaríamos as histórias ao grupo, como bardos da idade média.
          Isso até que uma guerra global, provocada por interesses particulares, reduzisse a civilização a um nível geral de entendimento: o de que somos todos animais selvagens com uma capa civilizatória que se baseia na sobrevivência pessoal e apenas nisso. E quando o último homem tombasse, poderíamos retornar ao pó comum com a certeza de que fomos apenas uma sombra que teria passado por aqui sem deixar qualquer rastro ou lastro.

terça-feira, 30 de maio de 2017

Uma ilha no meio de um lugar qualquer. - Danny Marks

          Se tem uma coisa que escritor iniciante adooora fazer é criar mundos. Não deve haver nada melhor no processo criativo do que criar, assim do nada, um mundo inteiro. Fauna, flora, sociedades, história, mitos e lendas, tudo no bater de uma tecla. É lindo, é maravilhoso, é tanta delicadeza e paz, tanta harmonia, mesmo que os corações trágicos anseiem pela guerra sem limites, exortados por odiosas mentiras daqueles fanáticos opositores da inacreditável e lúcida luminosidade que abrange todo o universo das pessoas de bem, preenchendo os seus corações com a coragem infinita que, por fim, há de vencer as agruras dos descaminhos da ignorância alheia com a força das espadas da justiça.
          Em Adjetivolândia é assim que as coisas acontecem, e tem coisas que até seu criador desconhece. Pense em um lugar especial onde as coisas ficam mais fáceis de serem assimiladas, talvez, em toda a sua profundidade. Espera, deixa tentar de forma diferente. Pense em um Mundo onde a lógica das coisas fosse bem mais simples, baseadas em adjetivos que permitiriam mais facilmente a interpretação de fatos escondidos nas sombras interpretativas.
          Quando conhecesse alguém bastaria identificar os adjetivos e pronto, já saberia tudo o que precisa saber daquela pessoa. Poderia entrar em um supermercado e vendo uma pessoa sentada atrás da caixa registradora saberia não apenas que ela é uma “caixa”, saberia muito mais, que é uma proletária mal paga, que não tem instrução suficiente para empregos melhores, que não se alimenta direito e vai engordar horrores, é mal-humorada e frustrada, e vai se casar (se já não for) com um outro proletário pobre e ter um monte de filhos remelentos que muito provavelmente vão cair no mundo do crime por não terem atenção necessária no lar. Não é fantástico?
Uma pessoa caixa de melhor qualidade vai saber se arrumar melhor, vai ser mais bonita, usar perfumes e maquiagens e ter um treinamento para atender com gentileza as pessoas, mesmo quando estiverem com cólicas menstruais e não, jamais vão ser do sexo masculino, no máximo, serão homossexuais.
          Tem aquelas pessoas que não são identificadas individualmente, só em grupos, ou bandos, depende de que lado você olha. Grupos são sempre organizados, tem objetivos definidos, podem até ter coreografia de movimentos ensaiados, música personalizada e bandeiras. Já os bandos têm isso tudo, mas pertencem ao lado oposto do seu olhar, não tem como errar. Olhou de lado, é bando, só quando se está junto ou olhando de frente, é grupo.
          Em Adjetivolândia o bom mesmo é ser famoso. É tudo de bom, só faz coisas boas, só usa as roupas certas, só tem sucesso e quem discorda é porque sente inveja. Melhor que isso só sendo Ídolo, que nesse caso ganha logo de cara uma legião de fãs, exército, séquito, seja qual o nome que estão dando no momento, cada vez que se cria um ídolo o nome muda. Enfim, ídolo é mega-blaster-hiper-super-fantástico modo de ser em adjetivolândia, porque não importa o que se faça, ou não se faça, vai ter muita gente defendendo até a morte o seu direito de fazer ou não fazer qualquer coisa, mitando sempre que uma coisa ou outra ocorrer.
          Claro que vão ter os adjetivos generalizantes que descrevem o caráter imediato através de uma intersecção de adjetivos generalizantes similares não excludentes, por exemplo.
          — Sabe aquele político?
          — Aquele bandido, famigerado, acéfalo, corrupto, hipócrita e esquerdopata?
          — Não, esse é o meu cunhado. Estou falando daquele bandido, famigerado, acéfalo, corrupto, hipócrita e facistóide. Doravante chamado apenas de Meu Patrão. Não é o máximo de bom? Já estou sentindo que as coisas vão melhorar com essa nova e dinâmica de visão de negócios voltados para o empreendedorismo engajado nas questões globais e culturais dos tempos modernos.
          — Ah, desculpa, é que para mim político é tudo igual, me confundi. Mas que maravilhosa perspectiva de futuro, agora então as coisas vão ficar de boas para o seu lado. Parabéns, já está usando o novo adjetivo?
          — Claro! Substituí o “trabalhador” por algo mais imponente e moderno. Agora sou “colaborador”, tem mais apelo mercadológico. Teve um monte de colegas que conseguiram virar “microempreendedores” com as novas diretrizes de cortes orçamentários e incentivos às carreiras individuais, mas para mim não foi desta vez.
          — Pois é, mas não liga não, quem sabe da próxima! Só toma cuidado que tem muito vagabundo disfarçado de progressista querendo passar a rasteira nas pessoas de bem, essa gente invejosa prolifera como porquinhos da índia em época de acasalamentos.
          Não é fácil criar um mundo perfeito. Mas se a gente se dedicar com vontade, esperar naquela tarde sombria que o vento sopre para o lado certo e os raios de sol trespassem as nuvens em luminosas lamparinas de ouro, então poderemos criar uma distopia ressonante em sintonia com o simulacro da existência vitalícia de uma obra de arte antenada com a diversidade dos novos tempos. Vai ser tão lindo que até faz os olhos brilharem com esperanças liquidas.
          Quando isso acontecer, aqueles escritores profissionais que odeiam adjetivação vão lançar canetas, bolas de papel incendiárias, e uma profusão de pronomes nominais, verbos transitivos diretos e indiretos, além de pragmatismos absolutos. Mas quer saber de uma coisa? A modernidade dos tempos atuais vai mostrar como são ridículas e retrógradas essas mentes minimalistas que não entendem da boa e revigorante literatura que ultrapassa os limites do lugar comum e reinventa de forma inusitada os paradigmas da realidade recriada sob a perspectiva individual do artista criador.

          Ou então as pessoas vão aprender interpretação de texto e tornar esta narrativa diferente. Será?

quarta-feira, 24 de maio de 2017

País do Diabo – Danny Marks


           Em 1884, um brasileiro chamado de Machado de Assis, publicava um texto intitulado de Igreja do Diabo. Neste, apresentava a ideia do citado personagem do título para resolver o problema de que sempre se dava mal. Faltava-lhe uma igreja que permitisse aos humanos exercerem de forma livre e desimpedida a sua natureza sórdida, coibida pela ação daqueles que se alinhavam em templos de natureza oposta. Com essa ideia em mãos, foi solicitar a Deus a justiça da igualdade de direitos. Queria montar a sua igreja, e assim lhe foi permitido.
          133 anos após, no mesmo pais, em outra história, o que se observa é o passo seguinte, a construção de um Pais do Diabo. A exemplo do que foi solicitado anteriormente, o pedido foi de que, não apenas em um templo fosse feito o que se tivesse vontade, mas em todo um país. Todos estariam livres para fazer o que bem entendessem, por mais imoral ou ilegal que isso fosse, não seriam punidos. E viva a liberdade de se ser o que é.
          Impossível! Diriam alguns tolos, acrescentando que a moral elevada é uma condição da natureza humana. Mas o que se viu foi exatamente o que o Diabo esperava. Dada a liberdade com garantia de impunidade, a corrupção se instalara facilmente. A princípio em pequenos gestos, tímidos. Um pequeno engano aqui, um desvio moral ali, justificados pela necessidade ou pela generalização. Todos mentem, quem ainda não percebeu isso?
          Do menino que colava na hora da prova ao médico que comprou os trabalhos em sites especializados, todos garantiram uma vida mais fácil com os recursos necessários. Combatia-se o crime, é claro, aquele descarado, de armas na mão. A venda de drogas ilícitas que degradavam rapidamente a ideia de uma sociedade ordenada sob princípios mais elevados, estéticos. Roubar é algo que prejudica a imagem, desviar recursos é um ato de inteligência. Matar com disparos de armas ou bombas é um crime hediondo. Matar dezenas, milhares, por projetos mal dimensionado que desabam, por falta de recursos desviados da saúde, apenas um acidente não intencional.
          O importante é ter a garantia de apoio daqueles que pensam igual, alinhados em um discurso que os defende e os representa. E como não há unidade de interesses, então é preciso criar representantes para estes, defendidos com unhas, dentes, paus, pedras, bombas, balas de borracha ou de chumbo, para garantir que a bandeira do que é moral e ético (o conjunto de valores estabelecidos e reconhecidos por um grupo) seja defendido dos imorais (aqueles que defendem discursos diferentes).
          Criam-se times e torcidas que se confrontam. Criam-se divisões polarizadas o suficiente para saber que há apenas dois lados, a seu favor ou contra, sendo obvio qual que se deve se defender e ouvir, o outro deve ser exterminado sumariamente, nem merece ocupar um lugar ao sol. Na verdade é a causa das nuvens negras que tampam o seu sol. Essa é a lei.
          A lei não deve beneficiar a todos, como assim defender bandidos? Por isso mesmo que é necessário criar uma legião de defensores da lei acima de tudo. E estes devem ser escolhidos entre aqueles que não compraram o diploma. Devem ser expertos e inteligentes (sim, há uma diferença entre os termos) para defender os que são bem-sucedidos daqueles que tentam usurpar seus vencimentos exigindo igualdade de valores. Como assim, igualdade de valores? Os que trabalharam duramente para criar esquemas ilícitos para ganhar mais devem poder gozar dos resultados dos seus esforços em driblar a concorrência e convencer com fortunas prometidas os que poderiam favorece-los.
          Os vagabundos que nada fizeram, esperando que a lei os beneficiasse, mamando nas tetas do populismo complacente com o ócio, não merecem ser compensados por nada fazer. Ao contrário, devem pagar ainda mais pela oportunidade de fazer parte do progresso, daqueles que realmente trabalham para conquistar ainda mais lucros e tornar a nação e a família rica. É uma questão de valores elevados que devem ser defendidos a todo custo.
          É claro que para que haja um lado vencedor, deve ter um lado perdedor. É a vida. O melhor adaptado sobrevive para lutar mais um dia. Soldados morrem nas guerras, para isso são feitos soldados. Pessoas morrem todos os dias, e ninguém nem fica sabendo, melhor morrer por uma causa, a minha. É preciso garantir o futuro das próximas gerações de iguais, daqueles que seguem os mesmos valores e, para alcança-los, fazer uso daquilo que aprenderam. A vida é curta e cheia de perigos, mas é sempre melhor quando se pode olhar do alto de uma montanha, de preferência de dinheiro, para as mazelas do mundo.
          Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão. Essa é a lei, garantida por um pelotão de fuzilamento judicial que serve aos que roubam muito, porque roubar pouco é sinal de mediocridade e deve ser combatido. O mundo é dos expertos, todos sabem. Garantir que apenas os expertos sobrevivam é tornar o mundo melhor, mais humano. Afinal a humanidade é corrupta por sua própria natureza, e só os fortes sobrevivem.
          É claro que quando todos descobrem que roubar muito compensa, e roubar pouco condena, começam a fazer uma concorrência desleal. Agora não basta ser experto, tem que ser também articulado, garantir apoio para os seus e garantir que não traiam os ideais que os fizeram fortes. Mas como evitar trair quando a traição é parte do negócio? Traindo antes que seja traído, é claro. Isso demonstra a habilidade em perceber quando a pirâmide vai desabar e permite escapar com um belo acordo de delação que vai garantir grande parte do lucro conquistado, pagando uma pequena propina à título de ressarcimento por não ter incluído, antes, os novos aliados.
          Com o mundo violento do jeito que está, é melhor viver em uma prisão domiciliar, uma mansão conquistada com muito suor dos incompetentes, garantindo uma escolta armada para impedir que os ludibriados tentem resgatar de volta o que lhes foi tomado pela inação. A lei existe para ser cumprida, desde que beneficie aqueles que as fazem e as mantém. E quem são esses senão aqueles lideres visionários que perceberam que a condição humana é uma incoerência absoluta, como declarado por Machado.

          Bendito o pais que elege o Diabo do inferno que merece. Isso fica claro a cada dia para este autor, que pretende incluir urgentemente no currículo a habilidade absoluta em criar discursos que justifiquem qualquer coisa, de forma a garantir um lugar de destaque nessa nova ordem a um custo exorbitantemente justo pelo que é oferecido. E que todos digam Amém!

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Dividir. Para. Entender. Conquistar. Verdade (Alternativa). – Danny Marks


          Toda narrativa bem construída tem, necessariamente, que responder claramente a cinco perguntas básicas: Quem? Onde? Como? Por quê? Quando? A forma como isso é feito é que representa as variações de estilo, de técnica, de talento e, acima de tudo, intencionalidade. E como isso fica na era da pós-verdade? É o que tentarei demonstrar neste texto. Acompanhe. Acredite. Pense. Discuta. Se quiser.
          Vou usar como base algo totalmente fora dos contextos literários. Algo realmente inédito (?) nos livros e nas imaginações de todos que estão em contato com a realidade no século XXI e suas projeções, e tentar construir uma narrativa coerente apresentando (ao menos) dois cenários diferentes que se interligam em uma trama complexa comandada (?) pelos atores inseridos nelas como personagens ficcionais.
          Em primeiro lugar é importante destacar o conflito. É um fato constatável facilmente que as pessoas só se interessam por uma narrativa quando sabem que haverá uma ruptura da harmonia. O desequilíbrio, controlado ou não, é o que faz qualquer coisa se movimentar no universo. Então, qualquer narrativa interessante partirá de um estado de harmonia (tensa ou não), ou saltará diretamente, para a Crise. Sem crise, não há interesse na narrativa.
          O Brasil de 2017 é um palco prolífico para crises, elas nascem de brechas e rachaduras, e de brecas e rachaduras dentro das outras. E é importante descobrir o motivo disso estar acontecendo, porque o segundo ponto de uma boa narrativa é ser inteligível. Se o conflito se apresentar de forma tão complexa que não possa ser apreendido, capturado pela percepção do público, ele deixa de funcionar como algo tratável e passa a ser endêmico (algo que faz parte da característica central).
          Como se pode apresentar a crise de forma que ela possa ser manipulável em uma narrativa coerente e que sirva à intencionalidade discursiva do seu autor? Simples, basta empregar em doses estudadas fatos e versões, utilizando verdades amplamente aceitas, arquetípicas, junto com interpretações particulares que omitem ou ressaltam em uma determinada ordem uma linha de raciocínio orientado que provocará uma resposta emocional (e isso é importante, porque a razão tem que ser driblada de forma eficiente) que endossará a totalidade pela parte já aceita e reconhecida como verdade, e que faz parte do próprio discurso interno do indivíduo a quem se destina.
          Ficou muito complicado isso? Tudo bem, vou ser mais didático. Ao utilizar meias-verdades em um arranjo bem elaborado, é possível mentir descaradamente sobre fatos comprováveis, de forma que a sensação emocional do que está sendo apresentado é de uma verdade completa, condicionando a interpretação do leitor pelo pareamento (sincronização) de sentimentos acerca de fatos semelhantes já absorvidos anteriormente e que justificam a narrativa construída que, em uma análise sóbria, levaria a conclusões completamente diferentes das alcançadas emocionalmente apenas.
          A emoção sempre antecede a razão. Sentimos primeiro para justificar depois. Isso é algo natural do ser humano, uma forma que a evolução da espécie encontrou para nos dar agilidade de resposta a uma situação de crise que a razão não poderia conseguir. Reagimos diante de um sorriso de forma amigável, porque somos condicionados pela evolução a perceber que dentes cerrados não mordem. Portanto exibir dentes cerrados em um sorriso é sinal de que não vamos morder nosso interlocutor, um sinal de paz.
          E o que isso tem a ver com o tema central? Basicamente, tudo. É através do entendimento dos elementos fundamentais da manipulação da informação que podemos desenvolver uma narrativa coerente de uma crise (conflito) de forma a perceber racionalmente como é possível que agentes vítimas dessa crise se aliem aos agentes causadores da própria crise em detrimento de seus próprios interesses, haja vista que serão os maiores prejudicados; ao ponto de defender os algozes como se estes fossem, também, vítimas dos acontecimentos.
          Então voltando ao cerne da questão, a polarização política (no sentido mais estrito da palavra: a arte ou ciência de governar grupos relacionados à Pólis, também chamada de Cidade-Estado, ou seja, grupos organizados em torno de regras que beneficiem a todos os integrantes - cidadãos). Ao criar “polos” estou na verdade separando em partes aquilo que deveria funcionar em conjunto harmônico criando uma tensão entre os opostos de forma a desenvolver um efeito controlado. Isso pode ser bom ou ruim, dependendo da intencionalidade que se deseja alcançar.
          Por exemplo: A polarização de uma análise discursiva apresenta tanto os fatos sólidos e comprováveis, quanto os fatos que são sustentados apenas por argumentações, criando um debate que pode esclarecer, ampliar, ou mesmo reformular conceitos através de uma análise mais minuciosa. Por outro lado, um discurso polarizado pode servir para arregimentar sectários contra um discurso opositor, manipulando os fatos narrados em um arranjo que justifique argumentações que não podem ser comprovadas, a não ser emocionalmente.
          Como foi apresentado anteriormente, temos em uma crise uma necessidade evolutiva de uma resposta rápida, emocional, que anula em parte a racionalidade, obrigando-a a encontrar justificativas posteriores para os atos realizados. Então, por afinidade, escolhemos um lado para defender e outro para atacar. Quanto maiores as afinidades, maior o empenho em defender e vice e versa. Eis como se torna fácil manipular a verdade através de um discurso em crise, bastando para isso acionar os mecanismos emocionais entranhados nos ouvintes, insuflando com palavras chaves (também conhecidas como “palavras de ordem”, porque direcionam) essas reações emocionais.
          Ok, acho que isso dá a base necessária para apresentação dos cenários, que como dito anteriormente, serão basicamente dois, mas expansíveis a outros que se queiram demonstrar ou analisar segundo a tese apresentada. O primeiro cenário é a “Crise Política” e o segundo a “Crise do Mercado de Livros Nacionais”. E por que resolvi apresentar esses dois temas em conjunto se não parecem estar diretamente relacionados? Pelo fato de que são, em sua base, criados por ações de seus organizadores dentro de um planejamento particular que, quando se tornam insustentáveis, apresentam como justificativa para a Crise, não os erros de gerenciamento que as criaram, mas os próprios destinatários finais e necessários dos resultados dessas ações, o público.
          Se for aplicado o conceito fundamental da construção narrativa (Quem? Onde? Como? Por quê? Quando?), a qualquer lado polarizado da “crise” apresentada, seja política, ou a do mercado literário, veremos que, não importando de que lado se encontre, os argumentos são basicamente os mesmos. Verdade. Faça o teste. Retroaja no tempo e alinhe os argumentos elencados e os tons discursivos e vai observar que são os mesmos, que ora defendem, ora atacam o lado opositor. Como isso é possível? Como não é visto? Porque não estamos acostumados a interpretar narrativas da forma correta, como não estamos acostumados a desenvolver narrativas da forma correta.
          As generalizações, adjetivações, as palavras de ordem, as cenas arrumadas para provocar e evocar sentimentos de identificação, são comuns a ambos os lados pelo simples fato de que funcionam, criando por sua vez, a polarização que impede uma racionalização necessária de que a solução é comum a ambos, bastando identificar o “Por Quê?” da crise. É afastando o leitor da objetividade do “por quê?” que se consegue induzir uma interpretação de fatos (narrativa) que beneficia o “quem” que provocou a crise de fato, eximindo-o de responsabilidade que será lançada sobre o lado opositor, a quem se deve emocionalmente destruir como solução única do conflito. Sem o lado “oposto” a crise deixa de existir. Ao menos de forma emocional e imediata.
          Ok, políticos fazem isso desde os tempos dos gregos e romanos, dividindo para conquistar. Mas o que isso tem a ver com o mercado literário? Não vou me estender mais que o necessário, então vou resumir bastante e deixar que o leitor possa alcançar, ou não, o entendimento posterior com as ferramentas apresentadas. Mas vou revelar de imediato o cerne da questão, dando um spoiler enorme (se não quiser, não leia a partir daqui) sobre o assunto.
          É mais fácil manipular discursivamente aqueles que não estão habituados a perceber as tramas argumentativas que são criadas por autores especializados em descobrir maneiras geniais de esconder as intenções em suas narrativas. Mais fácil ainda quando se desloca ao menos UM desses elementos de forma que se possa reger a apresentação dos fatos de forma desejável. É no “onde” que se esconde essa manipulação, haja vista que as culturas, os povos, são diferentes. Portanto o que funciona em um lugar, em outro é totalmente o oposto, e quando nos colocamos na polarização “nós x eles” podemos facilmente criar afinidades ou antagonismos justamente a partir dessas diferenças desejáveis ou repudiáveis (de acordo com as intencionalidades) que se quiser criar.
          Pior que um povo que lê, é um povo que lê sobre suas mazelas, sobre sua sociedade, que se reconhece e se reinterpreta diante dos olhares clínicos das soluções de longo prazo descritas em uma narrativa. Esse tipo de povo é muito mais difícil de manipular emocionalmente, a menos que seja manipulado também através da racionalização, que exige um conhecimento mais profundo e técnico. Sim, não há uma vacina contra a manipulação, mas pode-se torna-la mais difícil de ser feita, o que já é um bom avanço.
          Essa é a justificativa para que não haja incentivos a livros nacionais CONTEMPORÂNEOS (de hoje), porque é mais interessante para os governantes que os que se dedicarem a ler, o façam sobre outras realidades deslocadas no tempo e/ou no espaço e não sejam rapidamente identificadas pelos leitores que ficarão mais atentos à manipulação discursiva.
          E o que o mercado literário ganha ao impedir um acréscimo de leitores locais de literatura local? Se deixarmos de lado os fabulosos incentivos fiscais que rendem fortunas para relançamentos de livros clássicos, com vendas garantidas pelo governo em “campanhas de incentivo à cultura” que mais afastam os novos leitores que os incentivam. Também há o fato de que não é preciso fazer boa parte do trabalho de captação, preparação, divulgação de autores e originais de qualidade. Basta pagar royalties para um autor consagrado pelas mídias internacionais e vender a preços (caros devido ao custo dos mesmos royalties) no mercado ou nem pagar direitos autorais para autores já mortos há décadas e consagrados na literatura. Ou seja, são revendedores, não produtores. Os outros tem o trabalho pesado e os daqui, apenas surfam a onda, sem ter que se preocupar com o trabalho efetivamente ou com a oposição do governo a uma clareza melhor da população.
           Isso funciona em países que consideram, culturalmente falando, os livros como objetos de consumo supérfluo e que não estão em crise econômica. Assim “ler o livro da moda” é sinal de status, e pode-se manipular até mesmo o que vai ou não estar na moda, auferindo imensos lucros a partir de trabalho algum. O problema aparece quando há uma crise econômica, em que os “supérfluos” deixam de ser possíveis de ser adquiridos. Mas todos sabem que crises econômicas são resolvidas no tempo, de uma forma ou de outra, e livros, realmente são perigosos nesses momentos porque dão ideias demais, algumas contrárias às que se deseja que sejam vistas. Embora possa-se sempre alavancar vendas com os tipos de publicação certas, aquelas que endossam um determinado tipo de narrativa e que serão vistas superficialmente por leitores emocionalmente motivados e preparados pelos discursos corretos, embasando as superficialidades com “tratados” consagrados no imaginário popular.
          Então de quem é a culpa? Se chegou aqui com essa ideia, é porque não entendeu nada do que foi dito anteriormente, retorne e leia novamente ou desista, este texto não é para você, apenas aceite isso porque o “tio” está dizendo, ok? Não há culpados, genericamente falando, em uma narrativa que se baseia em fatos e construções argumentativas. Da mesma forma como não há heróis, não há vilões, apenas sobreviventes ou vítimas. Heróis, vilões, culpados, inocentes, são elementos utilizados pela literatura de fantasia para formação do caráter, e quando cumprem bem o seu papel, são essenciais e necessários para balizar um padrão de conduta socialmente aceito pela coletividade. Isso não pode se aplicar a construção de narrativas que tentam desmistificar (tirar o mito, a fantasia) a realidade. Ou seja, o tipo de literatura que não é para criar sonhos, causar emoções elevadas, moldar os sentimentos morais. A realidade não tem uma moral implícita, ela é uma construção social, e deve ser vista com todos os nuances possíveis e imagináveis para ser a melhor que se pode alcançar.
          A solução para qualquer crise, em especial para a Política e para a do Mercado Literário Brasileiro, é perceber a necessidade de mudar a narrativa e criar, com base em fatos, algo que atenda aos interesses de quem, tanto políticos como agentes do mercado literário devem servir: a população. E como é possível isso ser feito? Utilizando as ferramentas apresentadas, identificando em primeiro lugar “Quem? Onde? Como? Por quê? Quando? ” e a partir daí entendendo qual o seu papel nessa trama e posicionando-se de forma que ela realmente o satisfaça ao final. Só assim é que se consegue superar uma crise e avançar em um sentido benéfico e desejável. Senão, o que se constrói é uma tragédia anunciada que terá como consequência a necessária reestruturação de todo o tecido narrativo na contenção de danos, na contagem dos prejuízos e vítimas e na vergonha das próximas gerações de ter que lidar com os erros visíveis para todos, depois que os fatos foram consumados.
          Quer ajudar a resolver a crise política e do mercado literário nacional? Então leia, converse, analise, discuta racionalmente os seus argumentos, e acima de tudo, ouça os argumentos contrários e verifique se não são os mesmos que está usando. Fale sobre aquilo que gosta e sobre o que não gosta com argumentos verificáveis racionalmente. Apresente os autores e agentes nacionais para os seus amigos e comente com eles sobre os pontos fortes e fracos das narrativas que estes apresentam, observe o que os seus amigos podem acrescentar sobre o assunto. Dessa forma estará construindo uma história que figurará em muitos livros, ficcionais ou históricos, que serão objetos de estudos para as novas gerações, provocando sentimentos e reflexões duradouros e necessários. Eu tenho certeza que nos veremos nelas.  

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