quarta-feira, 17 de abril de 2013

Eu e Você - Danny Marks


Eu sou aquilo que os outros desprezam
Eu sou o que você renega em si mesma
Eu sou a maior das contrariedades
Bastardo da ilusão e da verdade
O bem e a mais pura maldade
Eu sou o fim que não tem começo
o demônio que ilumina o teu caminho
Sou eu quem vaga nos teus delírios
Sou a loucura que te queima o inconsciente
Sou aquele que despreza a morte porque jamais viveu
Sou eu que acaricia teu rosto e fera a tua alma
Sou a compreensão que te sentencia a viver contigo mesma
Sou a mentira que parece verdade
Profeta das desgraças evitáveis
Preso pela sanidade em um mundo de loucura
Mas a maior de todas as verdades
É que eu sou aquele que te odeia...
Por não poder amar-te mais...

Danny Marks
12/12/1980

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Album das Figurinhas - Balangandança Cia


Convidamos você para a estreia do
espetáculo Álbum das Figurinhas
com a Balangandança Cia



Da procura por algo perdido surge uma brincadeira de esconde-esconde, latinhas de refrigerante se transformam em uma corrida de carros,  um pega-pega vira uma ciranda em grupo. De que tamanho você é? O que bate dentro de você? De que cor é seu coração? E seu amor, tem cor? Crescer dói? Acabou ou começou o mundo? O universo das brincadeiras e descobertas da infância abre espaço ao imaginário do público em Álbum das Figurinhas. O espetáculo de dança contemporânea da Balangandança Cia estreia dia 6 de abril, sábado, às 11 horas, no Teatro Anchieta, no Sesc Consolação, na rua Doutor Vila Nova, 245 - Consolação

Com direção de Geórgia Lengos, Álbum das Figurinhas é uma coleção de movimentos, brincadeiras e danças reunidas pela Balangandança Cia. durante os últimos dois anos. O espetáculo apresenta a linguagem da dança contemporânea aos pequenos de forma lúdica e divertida, integrando a plateia a performance por meio de brincadeiras, movimentos e interação. Em cena, os bailarinos Dafne Michellepis,  Coré Valente, Alexandre Medeiros, Maristela Estrela, Alan Scherk e Clara Gouvêa se revezam entre danças, brincadeiras e canções executadas ao vivo. As cenas são independentes, coreografadas e pensadas como uma “coleção de figurinhas”, que são trocadas, colecionadas, coladas e repetidas – tudo em uma grande brincadeira lúdica.

Treze Linhas - Danny Marks






Havia treze à mesa.
Um deles traídor, um deles mentor, um deles distraído, um deles perdido, um deles solução, um deles rico, um deles mulher, um deles pobre, um deles trabalhador, um deles irmão, um deles escravo, outro apenas um deles.
Treze séculos ou mais se passaram à mesa posta, à ceia farta, a verdade revelada ou encoberta. Outros treze se reuniram, tantas vezes quantas vezes se fez necessário, mas nada resolvia o mistério de quem ocuparia o papel destinado, revelado posteriormente no que fosse escrito por algum interessado que não se fizera presente.
Decidiram guerra, decidiram paz, decidiram se entregar, decidiram mais do que lhes caberia, decidiram quem deveria morrer, decidiram esquecer, decidiram se dividir, decidiram esconder, decidiram revelar, decidiram agir, decidiram olhar, decidiram sua vida, decidiram que não haveria nada a decidir.
No final, tudo virou história contada e recontada, de tantas formas que não significava mais nada.
Eram apenas treze vidas paralelas que um dia se sentaram à mesa.

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