O que a brutalidade desconhece
de si de quem mais lhe seja igual
é que de cada vez que ela acontece
é o bem que ela procura com o mal.
É desespero que jamais esquece
o quanto está distante do ideal
e nunca a dor ali desaparece:
é imortalidade no mortal.
A busca da beleza com ganância,
sofreguidão grosseira, predatória,
não é sozinha na destruição.
Junto com ela chora a substância
do que, talvez perdido na memória,
mostra que não existe céu no chão.
ROGÉRIO CAMARGO
16.04.2011
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