uma boca voraz cheia de dentes
mordendo pra sanar sua carência,
causando mil lesões nos imprudentes.
Movido até por laivos de inocência,
chega de manso, com uns evidentes
passos incertos em cuja cadência
já na chegada quase desistentes.
já na chegada quase desistentes.
Chega pedindo, simples, desarmado
e encontra um cão feroz, desesperado
que também quer e quer também e quer.
Guarda silêncio, então, recolhe a dor
de estar sozinho seja aonde for
e deixa-se poder o que puder.
02.07.2011
Rogério Camargo
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