Tentando ser maior que seu tamanho,
ganhou o medo como companheiro.
Um medo que acompanha o tempo inteiro
os atos conhecidos e os estranhos.
Da máxima ferida ao simples lanho,
as dores têm raiz neste primeiro
impulso fantasioso, interesseiro,
onde qualquer estímulo é um assanho.
A iminência de, afinal, realizar,
de se tornar um grande, finalmente,
gera tensões, angústias e pavores.
Pois, consequência lógica, falhar
é tudo que consegue o pretendente
a cores que não são as suas cores.
12.07.2011
Rogério Camargo
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