Não me perdôo coisas tão humanas
que, se é com outro, facilmente digo
que ele está tendo uma visão insana.
Em cada erro aponto eu um perigo:
a imagem rasga ali suas membranas,
torna-se frágil, como um vaso antigo
em mãos desajeitadas e profanas.
Olho com fúria para uma inocência
cheia de medos e de inconsequência
e sou-me um implacável julgador.
Tivesse um olho menos carregado
e não veria em mim tão projetado
o que não é pecado nem horror.
ROGÉRIO CAMARGO
28.03.2011
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