domingo, 23 de novembro de 2008

AGONIA – Ana Barreto


Deus, é tão tarde!
Quem ouve agora o meu grito de saudade?
Quem lhe falará da minha agonia
Que torturava a cada vez que você partia?
Quem lhe confidenciará os meus medos
Aos ouvidos em segredos
Quem lhe dirá dos meus receios
E dos incontáveis anseios
Que jamais lhe confessei?
Quem lhe dirá dessa espera
Dessa secreta quimera
Das coisas que calada lhe peço
Ao escrever cada verso
Que você jamais vai ver...

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