quarta-feira, 1 de junho de 2011

Se não viesses nunca - Ana Cristina Souto


Se não viesses nunca
eu jamais saberia o que era amar
e a dor de perder-te.

O teu semblante
nada disse aos meus olhos.
Nem ilusão restou
à renúncia suprema da tua face.

Tu foste o ser mais amado!
Olho ao redor e não te vejo.
Eu te disse que vinha e vim,
vã ilusão que me entorpece.

Eu quero, nem que seja
a tua sombra
à pisar em ti entre o orvalho da vida

Se não viesses nunca
eu jamais saberia o que era amar
e a dor de perder-te.

Ana Cristina Souto

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