Aquele homem
Cujos pilares gregos
transitava meu caminho
e fitavam-me
os olhos
abrigo de luas,
se foi!
O bambual chorou,
palavras fraturaram almas.
Enegrecido o sol
dos pomares...
Meu senhor,
meio seio secou!
O rio da saudade
rio/ enchente/ fel
amargou a imagem dos narcisos.
Urdia o tempo
e nuvens,
vestígios do meu pranto rarefeito
prenunciavam cantos das trombetas.
Enfeitiçada pela dor;
estátua de ilusões
por onde tantos passavam,
os passarinhos se aninhavam às mãos.
Meu senhor,
em desassossego
entre sais, ventos e sóis
trago-te a mim,
aclamando
ao tomento meu
de morta viva.
Ana Cristina Souto
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