A mão bate forte.
A mão fraca sobre o couro que vibra no
tapa, soco, chicote de dedos.
A mão fraca na batida produz som,
reverbera nas paredes o grito. Som do tapa, grito do soco no couro.
Reverbera o gemido e a dor.
Couro.
Apanha e soa.
Musica, grito, lamento.
Artes mágicas que na percursão falam e
riem. Criam.
No ritmo, educado, do tapa, soco,
chicote de mãos, a dor se esvai e sai do couro encantamento que chama. Deuses
antigos, primitivos, que conhecem a dor e o riso, instinto.
Vivem no delírio e no ritmo alucinado,
alucinógeno. Reproduzem sexualidade, sexual mente, motivados, social mente,
conectados.
Mente.
O primitivo e o moderno em ponte que
atravessa rio, parede, carne, couro.
Vibrante responde.
E a dor não é mais dor.
E o grito não é mais grito.
E o distante não é mais importante.
Ritmo de amantes.
E se juntam, se falam sem palavras. De
couro contra couro.
A mão agora é forte de novo.
A mão forte acaricia o couro que vibra
em gemido de riso e se faz tambor.
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