A solidão e o desespero dela,
a coisa triste, pobre, miserável
onde a beleza morre, se esfarela
e o mundo acaba sendo responsável.
A solidão que aos poucos amarela
as páginas da vida confortável
e afunda como um barco a vela
sem vela, casco ou rumo navegável.
Bicho feroz com dentes afiados,
com garras venenosas e faminto,
sempre caçando os mais desavisados.
Quem não se tem não tem como ter fora
do pessoal, particular recinto
uma presença que já foi embora.
29.07.2011.
Nenhum comentário:
Postar um comentário