Ah, figueira, figueira, esparramada
em galhos como os sonhos de um garoto
que faz um ícone de quase nada
e faz vestes reais de um pano roto.
Figueira pela luz do sol beijada –
o vento que te brinca, impertinente,
tornando essa manhã mais encantada,
é quase o teu retrato inteligente.
Figueira testemunha da quietude
e do bulício, da paz e da batalha
entre os opostos e entre as convergências.
Vegetal, filosófica saúde,
da tua verde rama não se espalha
apenas nestas belas aparências.
10.08.2011.
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