Sequei o banco e me sentei, contente,
porque o sol voltou e já não chove.
Mas foi por dez minutos, tão somente,
pois retornou a chuva e o que ela move.
Moveu meu corpo bem rapidamente
a procurar abrigo em outra parte.
Levei comigo a página inocente
onde garatujava minha arte.
Por dez minutos tive um sol bonito,
um banco limpo, a natureza branda
e uma vontade imensa de escrever.
A chuva interferiu no meu escrito
como a mostrar quem realmente manda,
como a provar que ainda não sei viver.
07.08.2011.
ROGÉRIO CAMARGO
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