terça-feira, 23 de dezembro de 2008

SOLIDÃO ACOMPANHADA - Luiza Caetano

Quadro: Alfama - Festas Populares de Lisboa (Luiza Caetano)

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Não importa
o nome,
nem o momento.

Para amar
apenas
o sentimento.

Andava cega
pelos caminhos de vento
dormindo
com as gaivotas sem ninho.

À noite
ouvia as cigarras
sem saber que era a tua voz.

Aprendi
a inclemência do amor
escolhi um rio de pedras

sangrei o silencio na dor
da solidão que é
não estarmos sós.

(Luiza Caetano)

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