uma bastante velha, outra nem tanto,
que vivem juntas, como por encanto,
numa clareira quase separada.
O seu silêncio, uma linguagem dada
à sensibilidade sem espanto,
é cobertura mas não é um manto
que encubra essa beleza recatada.
São duas árvores num só sorriso
é ficar quieto como elas estão.
Qualquer desejo em direção à posse
é dar à vibração morte precoce,
quando ela ainda está no coração.
ROGÉRIO CAMARGO
21.05.2011
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