ISBN: 978-85-62370-18-2
Ano: 2010
Formato: 14×21cm
Páginas: 304
Terracota Editora (http://terracotaeditora.com.br/catalogo/?p=435)
“Sólido está enjoado da Paisagem.
Ele não suporta mais este lugar. Mas não há outro lugar. Em todas as direções só existe a Paisagem. Foi o que Gasoso disse. Gasoso, que já viajou muito, vive afirmando que em todas as direções só existe a Paisagem, plana e infinita.
Sólido quer morrer, eu sei.
Pra ele apenas a extinção faz sentido. A extinção de todas as coisas.
Ele não me ama mais. Ele quer muito morrer.
Ele quer muito a extinção da Paisagem e da Força. A extinção de Gasoso e de todos os gatinhos. A extinção das equações e dos dogmas. A minha extinção.”
Trecho do conto “Paraíso Líquido”, de Luiz Bras.
Você já se perguntou sobre como as coisas ficam sólidas no seu mundo? As paredes, as verdades, as pessoas. Como elas atingem esse estado imutável, perecível, indefinível, de aberração PréPós Apocaliptica Cyberpunk?
A poesia concreta que vira poeira radioativa, corrosiva das certezas que sustentam as efemeridades da ciência do conhecimento.
E se o inferno fosse feito apenas de chamas? Seu oposto seria líquido? Paraíso Líquido? Mutável, mutante, desgovernado?
Luiz Bras nos mostra que desgovernado pode ser um estado do ser, insustentavelmente liquido, irresistivelmente amalgamado e incorruptível dentro do espaço ente o ponto e a virgula.
Treze contos de lirismo e terror, amor que dói, vida que destrói, inferno que modifica, sensibilidade que apavora a consciência.
Até que ponto os divergentes se anulam? Quando os opostos se complementam?
Se você quer respostas, Paraíso Líquido lhe fornece todas as dúvidas que precisa. Agora só falta você ter coragem de ver.
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