domingo, 15 de janeiro de 2012


Durmo, cheio de nada, e amanhã
Durmo, cheio de nada, e amanhã
é, em meu coração,
Qualquer coisa sem ser, pública e vã
Dada a um público vão.

O sono! este mistério entre dois dias
Que traz ao que não dorme
À terra que de aqui visões nuas, vazias,
Num outro mundo enorme.

O sono! que cansaço me vem dar
O que não mais me traz
Que uma onda lenta, sempre a ressacar,
Sobre o que a vida faz ?!

Fernando Pessoa

4 comentários:

Ricardo Miñana disse...

El poema es hermoso.
feliz semana.
un abrazo.

Ana Carolina disse...

Olá =]
Adorei o poema!
Bjs,
Ana Carolina
http://palavrasonhada.blogspot.com/

Danny Marks disse...

Oi Ricardo,

Obrigado pela presença

Forte Abraço

Danny Marks disse...

Oi Ana Carolina,

Obrigado pela visita [:)]

Beijos Mágicos

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...