Às vezes é uma floresta inteira, em outras, pomar
ou ainda uma pequena fruta que, mesmo cítrica,
adoça
Pode ser o aplauso da multidão, o reconhecimento
de alguns
Ou simplesmente um abraço anônimo
Quem não pensaria no resultado de uma vida de
esforços e lutas
Mas lembraria, também, daquele segundo de paz
inadiável
Por certo há os que dirão que é um mar banhando as
costas do mundo
Ou então a gota da chuva na testa ressecada
Pode estar no vão entre dentes que irão nascer,
Ou dos que deixaram de ser úteis, na curva
fisionômica ascendente
Perto, ou nos alcançando de longe
Onde quer que esteja, com quem estiver,
Invade sem pedir licença, sem pedir perdão,
E dura enquanto lhe convier, para depois
desaparecer deixando
Quando muito, uma nesga de saudade e melancolia.
Como um pedaço de sol que se esgueira pela fresta
invisível
E transforma a escuridão em cores deslumbrantes
Sem necessitar de motivos ou justificativas
A felicidade nos toma quando menos esperamos.
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