terça-feira, 2 de junho de 2015

No Perfect, but is mine – Danny Marks


Lembra daquela história sobre uma garota que tinha uma vida maravilhosa, mas não sabia disso, até que as coisas ficaram complicadas e ela teve que ser salva de si mesma?
Lembra que você dizia que essa garota poderia ser eu?
Conta para mim. Como se nunca tivesse feito antes.
Deixa eu rir de novo das partes engraçadas, as bobagens incríveis que alguém que tem tudo pode fazer pensando estar sempre certa.
Eu não vou reclamar se a sua voz ficar trêmula em algum momento, não vou lhe dizer dos detalhes que esquecer ou dos que lembrar de última hora.
Me fala dessa alma vinda de um futuro distante, tendo vida após vida em uma regressão contínua até que, lá no passado da nossa história, ela voltou para alguma estrela.
Aponta lá em cima onde ela está morando agora e como podemos vê-la porque a luz daquele olhar partiu há muito muito tempo e ainda pisca no infinito para nós.
Me faz acreditar, mais uma vez, que há uma estrela esperando que cumpramos a nossa jornada, decrescendo o número de vidas até deixarmos de ser perfeitos e passarmos a viver no infinito.
Lembra para mim de todos os momentos que conseguiu guardar para que eu veja como foram importantes para você também.
Reinventa minhas palavras com o seu jeito melhor de dizer, só para eu sentir como os outros vão ouvir falar de mim.
Deixa que eu leve comigo toda a sua tristeza, para um passado já esquecido, de alguma vida que ainda vou viver. Fique apenas com todas as coisas boas e imperfeitas que descobrimos juntos.
E quando eu fechar os olhos, fique atento.
Lá, em algum lugar, vou piscar para você me ver. 
Amanhã.

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