XIV
— Há pouco estávamos
falando de você.
— É mesmo? O quê?
— Imagina se vou falar
essas coisas para você.
XV
— Por que não vai usar
a prataria no jantar? Convidou algum lobisomem?
— Não, só políticos e
associados.
XVI
— Como você lida com a
raiva?
— Você quer uma
explicação ou uma demonstração?
XVII
— Havia tantos
interessados, como conseguira criar um consenso?
— Separamos os que
tinham os mesmos interesses que nós e ignoramos o resto.
— Interessante.
XVIII
— Sabe como se cria uma
briga entre cegos? Diz para eles: Toma esta nota de cem e divide entre vocês.
— E como separar a
briga de cegos?
— Fácil, você grita:
Faca não vale!
XIX
— Hoje em dia não se
pode confiar em ninguém. Ei! Por que está gravando isso?
— Só por garantia.
XX
— Não sei por que essas
pessoas ficam dando palpites em realidades que nem conhecem.
— Ignore! São apenas
filósofos, cientistas, escritores, estudiosos...
XXI
— Debater nas redes
sociais não leva a nada. É nas escolas que as pessoas estão sendo doutrinadas
nas ideologias.
— É mesmo? De onde você
tirou essa ideia?
XXII
— Esse foi um golpe bem
dado.
— Mas foi totalmente
dentro das regras.
— Claro que sim. Há
cadáveres que são conquistados apenas usando as defesas do corpo como doença. Anafilaxia.
XXIII
— Quero deixar claro
que aqui todos são iguais perante a lei.
— E quem é você?
— Eu sou a lei.
XXIV
No mundo do ódio, amar
é crime.
XXV
— As coisas estão
fervendo.
— Então dê um jeito de
esfriar um pouco, não queremos que percebam que estão sendo cozidos. Deixe que
vão se acostumando, senão vão reagir.
XXVI
A porta de emergência é
sempre a garantia de que a vítima não enfrentará o problema, até ser abatida.
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