“O tio é muito engraçado, ele fala aquelas coisas
e a gente vai junto” (Leonora, 12 anos)
“É, ele faz tchum, Bach, sssquixe e pow e arrasa,
sabe, mó legal” (Bruno, 11 anos)
“Ele me faz pensar sobre o amor, sobre a vida,
sobre todas as coisas que estão ai” (Monica, 15 anos)
“Não, vou te falar, tem hora que dá raiva, vei.
Tem hora que dá vontade de esmurrar alguém, de gritar, de sair correndo. É
muito louco, vei. Sei lá, queria ver os caras fazer isso no cinema” (André, 16
anos)
“Tem toda aquela coisa de época. Você ficar
sabendo como era, o que pensavam. Mas é tipo assim, você vê isso hoje em dia,
sabe como é? Dá a impressão de que você esteve lá e agora está aqui, e que as
vezes as coisas não mudam, mas mudam. Entende?” (Carlos, 17 anos)
“Eu não sei o que seria a minha vida sem ele. Todo
dia eu sento no meu cantinho e fico vendo aquelas coisas que ele fala e...
nossa, até me emociono de pensar, é algo que toca a gente” (Valéria, 20 anos)
“Na boa, essas coisas inventadas não curto não. Mas
quando é fato, só ele para me dizer exatamente o que aconteceu. A história de
verdade, não a que esses políticos mandam colocar nos livros. Você tem que
entrar na cabeça dos caras, pensar como eles pensavam, entender o que eles
queriam. Só assim para saber a verdade, essa é que é a verdade” (Rogério, 40
anos)
“Quem você acha que realmente inventou a lâmpada? O
laser? O submarino? Heim? Todas as grandes invenções já estavam na cabeça dele,
os outros só copiaram e tornaram fatos, mas quem ia pensar nisso se não fosse
ele? Quem? O futuro é um estado de espírito, é ele quem nos faz pensar nisso,
no amanhã.” (Jorge, 27 anos)
“Eu aprendi a ler com ele, sabe? Minha mãe sempre
andava com ele por ai e eu fui me apaixonando também. Aquelas frases lindas que
emocionam, aquelas coisas que eu gostaria de ter dito, e disse, porque ele me
disse como dizer. “ (Fernanda, 32 anos)
“Eu não sei. Tem horas que me faz rir, tem horas
que me faz chorar, tem horas que fica aquela coisa de suspense. Quem você
conhece que transforma uma festa em cena de crime? Quem consegue fazer piada em
funeral? Tratar a loucura como se fosse uma coisa normal e a normalidade uma
ilusão? Não, eu acho que isso tem que nascer pra coisa, tem que ter algum tipo de
talento. Eu queria poder fazer isso, mas acompanho. Eu sigo mesmo, onde for.” (Horácio,
53 anos)
“A primeira carta para namorada foi ele que me
deu. Não sabia o que dizer, como dizer, mas ele me falou todas as palavras
certas. Estou hoje com a Natalia, já se vão vinte e oito anos, por culpa dele. Como
não gostar de um cara assim?” (Osvaldo, 72 anos)
“Eu sempre soube que não eram palavras do Osvaldo,
mas o jeito que ele me deu aquela carta, as palavras que ele copiou com tanto
cuidado. Como não amar um homem assim? Ele tem nos acompanhado desde então,
ainda hoje eu falo para o Osvaldo as palavras dele. Nós temos sido muito
felizes desde o primeiro momento, nós três” (Natalia, 70 anos)
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