domingo, 17 de fevereiro de 2013

Poema da purificação - Carlos Drummond de Andrade

Depois de tantos combates
o anjo bom matou o anjo mau
e jogou seu corpo no rio.
As água ficaram tintas
de um sangue que não descorava
e os peixes todos morreram.
Mas uma luz que ninguém soube
dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o mundo,
e outro anjo pensou a ferida
do anjo batalhador.

4 comentários:

António Eduardo Lico disse...

Bela poesia.

Danny Marks disse...

Verdade, Antônio,

Considero Carlos Drummond um autor completo, seus textos possuem profundidade e suavidade; quando eróticos possuem sensualidade e lascívia na medida certa.
Creio que poucos homens conseguiram adentrar o Feminino como Drummond, demonstrei essa vertente na minha tese "O Feminino na Obra Poética de Carlos Drummond de Andrade", corroborando a fala de Freud de que para se entender a mulher seria necessário aguardar o avanço da ciência ou perguntar ao poeta.

Ler Drummond nos permite mergulhar na alma do outro, em seus delírios, fascínios, medos, culpas e amores.

Forte Abraço

Arco-Íris de Frida disse...

Particularmente gosto muito de Drummond... com uma preferencia pelo poema "O sotaque das mineiras"...

Danny Marks disse...

Arco-Íris de Frida,

Por isso não, minha amiga, coloco também esse belísso texto de Drummond e, infelizmente, não tão conhecido.

Assim podemos aprecia-lo juntos.

Abraços

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