Depois de tantos combates
o anjo bom matou o anjo mau
e jogou seu corpo no rio.
As água ficaram tintas
de um sangue que não descorava
e os peixes todos morreram.
Mas uma luz que ninguém soube
dizer de onde tinha vindo
apareceu para clarear o mundo,
e outro anjo pensou a ferida
do anjo batalhador.
4 comentários:
Bela poesia.
Verdade, Antônio,
Considero Carlos Drummond um autor completo, seus textos possuem profundidade e suavidade; quando eróticos possuem sensualidade e lascívia na medida certa.
Creio que poucos homens conseguiram adentrar o Feminino como Drummond, demonstrei essa vertente na minha tese "O Feminino na Obra Poética de Carlos Drummond de Andrade", corroborando a fala de Freud de que para se entender a mulher seria necessário aguardar o avanço da ciência ou perguntar ao poeta.
Ler Drummond nos permite mergulhar na alma do outro, em seus delírios, fascínios, medos, culpas e amores.
Forte Abraço
Particularmente gosto muito de Drummond... com uma preferencia pelo poema "O sotaque das mineiras"...
Arco-Íris de Frida,
Por isso não, minha amiga, coloco também esse belísso texto de Drummond e, infelizmente, não tão conhecido.
Assim podemos aprecia-lo juntos.
Abraços
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