Sinto-me constrangido quando me
chamam poeta. Por conhecer e ler tantos Poetas e suas obras. Alguns amar, outros
ser amável, alguns ignorar, outros que me ignorem. Não sou tão fã de poesia
quanto poderia, nem sei. Nem domino tanto assim a métrica, a forma, a
desconstrução e a perfeição artística da Arte de Poetar, prefiro escrever outras formas de história. Quem me dera ser
alguém assim, meio pássaro, meio gente; Meio, início e fim, ter algo de poético
em mim para poder olhar o mundo e sempre ver, sempre procurar algo de belo no
horror que pode ser o mundo, na denúncia que se proclama. Se declama. Mas me
vem um poeta e diz: Poeta! E por ver em mim a poesia que dele transborda, me
torno poeta também, menor, distante, desconstruído em palavras em busca de
sentidos. Então, que haja alguma poesia, até mesmo onde ela não se reconheça,
mas que esteja presente no que se faz.
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