segunda-feira, 16 de novembro de 2015

Livre-se do seu ódio e podemos dividir o nosso amor - Danny Marks


Foi em uma sexta feira 13 de novembro, mas poderia ter sido em um 11 de setembro; ou uma quinta feira, 5 de novembro, ou ainda em qualquer outro dia. Atentado terrorista que tem, como qualquer atentado terrorista, o único intuito de criar o terror. E cria.
Cria o terror porque as pessoas estão cada vez mais alimentando os seus medos com ódios e radicalismos, estão vitaminando os seus medos com discursos vazios e “palavras de ordem” que se originam apenas no marketing de suas próprias causas e interesses particulares.
— O que nós podemos fazer contra isso? — A grande maioria se pergunta. E a resposta, como na maioria das vezes, está na própria pergunta e na inteligência para vê-la.
Quando dizemos “Nós” estamos falando de união de pessoas em torno de um objetivo em comum. Deixamos o indivíduo de lado e colocamos o grupo como fonte de nossa força.
“Fazer” remete ao ato em si. Atitude positiva, construtiva, sair da inércia e tomar a responsabilidade da construção de algo assumindo as consequências.
“Contra” quer dizer de forma diferente, em oposição. Não se pode ir contra alguma coisa fazendo a mesma coisa, é preciso que algo mude, que seja diferente, que seja melhor e mais eficiente.
Então quando nos vemos aterrorizados diante dos fatos o que precisamos é juntar forças no sentido de fazer diferente de forma a resolver o que nos ameaça.
Não dá para comparar uma tragédia provocada pela natureza, como um terremoto ou tsunami, com uma tragédia provocada por pessoas. Não dá para comparar uma tragédia provocada por pessoas por negligência, corrupção, interesses particulares sem consideração moral ou ética; com uma tragédia provocada por pessoas por ideologias, demência, falha de caráter ou interesses pessoais disfarçados e mascarados.
Mas há um comparativo possível na resposta que se pode dar a uma tragédia. Uma forma Humana de ser, em oposição a forma do medo, do terror.
Quando há uma catástrofe as pessoas revelam o que são. As humanas se esforçam em ajudar, demonstrar seu apoio moral e/ou efetivo, fazem doações, ajudam como podem. Solidarizam com a dor alheia e tentam mitigar o sofrimento, dar esperança. Seja uma luta contra os efeitos de uma enchente, de um terremoto, tsunami; seja por um atentado terrorista. Seja no bairro vizinho, seja no outro lado do mundo.
Mas há os terroristas que se alimentam do medo e aproveitam as catástrofes para disseminar seus discursos de ódio e intolerância; para tirar vantagem da desgraça; para se sentirem mais fortes diante do medo alheio; para demonstrar a sua covardia de forma violenta. Os covardes se sentem menos covardes quando todos estão com medo, e na sua ignorância promovem a doença, em vez de procurar a cura.
O que podemos fazer contra isso?
É preciso ser diferente do problema. Diante da ignorância, seja coerente em suas argumentações. Diante da violência, promova e valorize atos de bondade e seja solidário com os que sofrem. Diante do medo, seja corajoso e apresente o seu amor.
Amor, essa palavra que está meio desgastada por seus usos errados; por interpretações incorretas.
Amor não é fugir das responsabilidades, é assumir as dificuldades para se fazer algo melhor pelo outro.
Amor não é concordar com tudo o que o outro faz, é ser capaz de demonstrar para o outro onde está errando e onde está acertando para ajudá-lo a melhorar sempre, e crescer junto.
Amor não é perdoar tudo o que é feito em nome do amor, é tentar buscar um caminho efetivo para que o outro se sinta seguro em reconhecer os erros e se permita ser ajudado.
Ser forte não é ser violento; é ser firme nas suas decisões e nas responsabilidades diante das consequências dos seus atos.
Ser corajoso não é enfrentar com fúria a adversidade; é ser mais inteligente que a adversidade; é superar o próprio medo para que os outros se sintam seguros e possam nos dar segurança.
Ser justo não é querer o melhor apenas para si; é perceber que todos possuem suas próprias verdades e que algumas delas podem ser melhores que as suas.
Ser Humano não é apenas uma questão de característica física, mas perceber que a humanidade é uma construção do caráter que tenta melhorar o que somos como espécie apesar de reconhecer que alguns indivíduos sempre vão lutar para impedir isso, porque nunca aprenderam a amar nem a si mesmos, quanto mais ao próximo.
Livre-se do seu ódio e podemos dividir o nosso amor.

(Refiz a postagem por conta da palavra "Guarde". Não é essa a mensagem. O ódio ou qualquer outro sentimento ruim não é bom nem mesmo guardado. Eles costumam envenenar aos poucos e no longo prazo. Simplesmente livre-se deles, promova as coisas boas e sua saúde física, mental e emocional serão melhores. ESSA é a mensagem deste texto)

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