domingo, 25 de novembro de 2012

Dias Frios em que te Desejei - Danny Marks


             Meu mundo era azul, cianésico. Dias frios que entorpeciam os sentidos, esfriavam a chama, azulavam a pele e endureciam o coração.
            Ah! Como eu desejava o calor que sabia existir, mas nunca encontrara. Mãos insensíveis, pés frios que caminhavam em cortantes cristais de gelo, fragmentos de lágrimas congelados pela indiferença.
            Queria gritar meu desejo aos quatro ventos, para que soprassem para longe de mim as palavras do silêncio vazio, que meus ouvidos recusavam a deixar entrar na minha cabeça.
            Eu queria tão pouco. Apenas fechar os olhos, dormir lentamente até as profundezas da morte, do esquecimento. Tranquem as janelas, fechem a tampa. Sete palmos de distância podem ser reconfortantes para quem nunca desistiu de desistir.
            Que tolice deixar o coração aberto, última chama a resistir, tremula apenas. Penas aquecem?
            Quem convidaria o demônio para aquecer a sua casa?
            Queria tanto o calor que o inferno fascinou- me, incendiando minha vida, fez-me sentir saudade dos dias frios, da chama fraca, cianésica.
            Troquei o desejo de nada ter, pelo desejo ardente que faz meu corpo arder e torna o ar em meus pulmões tão leve que se não suspiro, flutuo.
            Por que me ensinou a amar? Pra que transformar minha vida se pretendia me libertar de você?
            Por que me arrancar dos dias frios?
Eu pedia tão pouco. Queria apenas desejar-lhe, seu calor a me aquecer e me dar tudo o que eu era, morrer para sua vida, em sacrifício.
            Você roubou a paz vazia do azul dos meus dias frios e me deixou apenas violentas chamas do desejo que nenhuma lágrima consegue apagar.
            Você partiu e levou o que eu era
Não sou mais eu, não tem mais você. 
E agora?
            As chamas em meu coração me impulsionam, tornam tudo diferente e quente. 
Só me resta viver essa chama de amor em busca do desejo que não é mais você.
            Um dia vai perceber que eu ainda amo você, mas agora há mais “Eu”.
            Ainda amo e meus dias nunca mais vão ser frios e tristes, nem por você.


Danny Marks - 16/08/2007

Novo Selo para o Retratos da Mente - Recebido de Pedro Pugliesi

A blogosfera é um ótimo lugar para trocar entre amigos, adquirindo conhecimentos, dividindo esperiências e principalmente gerando diversão. Recebi este presente de Pedro Pugliese  e compartilho com os meus seguidores e amigos da Blogosfera.

Regras para participar:


1 - Escrever onze coisas aleatórias sobre si mesmo.
2 - Responder a onze perguntas que a pessoa lhe enviou.
3 - Criar onze novas perguntas para enviar a outras pessoas.
4 - Escolher onze pessoas para repassar esse meme e colocar os links de seus respectivos blogs.
5 - Avisar os blogs escolhidos.
6 - Não devolver o meme para quem te enviou.
7 - Postar as regras.

1) Onze coisas aleatórias sobre mim:

* Adoro chocolate, creio que é o único alimento que foge ao pecado da gula, com a benção dos deuses.
* Escrever faz parte da minha vida, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte nos una definitivamente em um só pseudônimo.
* Viver muitas vezes é tão difícil que deveriam escrever um manual de usuário, provavelmente esse vai ser o meu ultimo projeto, se eu sobreviver até lá.
* Sempre haverá segredos que guardaremos, isso vai ser a nossa glória e perdição.
* Aprendi muito com os livros que li, as histórias que escrevi e principalmente com os leitores de ambos.
*Uma praia deserta de gente e cheia de natureza é o melhor lugar para se estar, na pele de serpente do paraiso.
* Quanto mais eu penso menos chego a uma conclusão definitiva sobre qualquer coisa.
* O destino é a coisa mais estranha que conheço; quando o persigo não alcanço, quando fujo dele, me atropela; quando estamos lado a lado, não o vejo. Como se pode socar alguém assim?
* Rezo todos os dias para que alguém me compreenda, e depois me explique.
* Meu maior sonho é estar vivo, venho trabalhando nisso todos os dias de minha existência.
* Falo demais. E alguns ouvem.


2) Responder as onze perguntas de Pedro Pugliesi

1- A  PRIMEIRA  PALAVRA QUE  LHE  VIER  A  MENTE = Mente
2- 03 ADJETIVOS PARA O  MAR = liquido, espumante, vivo.
3- 03 ADJETIVOS PARA FLORESTA = Misterio, Aconchego, Morte/Vida.
4- 03  ADJETIVOS  PARA  UMA  XÍCARA = nos serve, possui asas, repousa no pires.
5- QUAL  O  ANIMAL  QUE  VOCÊ MAIS  GOSTA 03 ADJETIVOS = Cachorro - Fiel, altruista, amoral
6- QUAL O ANIMAL QUE  VOCÊ MENOS  GOSTA 03  ADJETIVOS - Pomba - gulosa, contagiante (doenças), não se preocupa onde larga suas porcarias.
7- QUAL  A  NOTA  QUE  DARIA A  SUA  VIDA  AFETIVA DE 0 A 10 = 8 sempre há espaço para melhorar.
8- QUAL A NOTA  QUE  DARIA  A  SUA  VIDA  SOCIAL DE 0 A 10 = 8 sempre há espaço para piorar.
9- QUAL  A  NOTA  QUE  DARIA A  SUA  VIDA PROFISSIONAL DE 0 A  10 = 10 dificilmente vou ser demitido de novo.
10-QUAL O  SEU  MAIOR  DESEJO  AGORA !!! = Realizar alguns projetos antes de pensar em novos.
11 - Não foi formulada. O que o Pedro estava pensando? 

3 - Formular onze perguntas para os próximos:
1 - Por que criuou um blog?
2 - Quais pessoas gostaria que vissem o seu trabalho?
3 - Quanto tempo está circulando na blogosfera?
4 - Quando não há nada o que dizer, qual a melhor saída?
5 - Qual seu autor preferido?
6 - Qual o livro que já leu mais vezes?
7 - Acredita que a tecnologia vai acabar com o hábito da leitura?
8 - Cite três pessoas que mudaram o seu mundo.
9 - Cite três palavras (ou frases) que transformaram seu entendimento.
10 - Qual o melhor lugar da casa para se estar?
11 - Qual o melhor lugar fora de casa para passar as horas?
4- ESCOLHER  ONZE  BLOGS PARA  PARTICIPAR

Bondearte http://bondearte.blogspot.com.br
Liriodeserto http://liriodeserto.blogspot.com.br
Contos, Imagens e Reflexões http://imagens-e-reflexoes.blogspot.com.br
Pimenta Doce http://apimentadoce.blogspot.com.br
Banheiro Feminino http://chrissevla.blogspot.com.br
El Portal de Kas Letras http://yolanda-valenzuela.blogspot.com.br
Phases da Lua http://phasesdalua.blogspot.com.br
Letradinhas Leituras http://letradinha.blogspot.com.br
Não te consigo Inventar http://secretodiariode.blogspot.com.br
Dialogos com a Psicologia e Psicanálise http://anafariaspsicologa.blogspot.com.br
Desinformação Seletiva http://tucazamagna.blogspot.com.br



Os Sete Cavaleiros de Algord - Resenha de Danny Marks



O termo romance origina-se do latim romanice: "em língua românica” e pode referir-se a dois gêneros literários. O primeiro deles é uma composição poética popular, histórica ou lírica, transmitida pela tradição oral, sendo geralmente de autor anônimo; corresponde aproximadamente à Balada Medieval que era representada nas cortes e contava fatos e lendas de outras terras para diversão dos nobres. Como forma literária moderna, o termo designa uma composição em prosa de caráter narrativo (semelhante a novela e ao conto).
 A diferença entre romance e novela não é clara, mas costuma-se definir que no romance há um paralelo de várias ações, enquanto na novela há uma concatenação de ações individualizadas. No romance, uma personagem pode surgir em meio a história e desaparecer depois de cumprir sua função. Outra distinção importante é que no romance o final é um enfraquecimento de uma combinação e ligação de elementos heterogêneos, não o clímax que normalmente se dá pouco antes.
No Romantismo, esse gênero narrativo assumiu as características da época e foram produzidas obras épicas, envolvendo os principais heróis do período, os cavaleiros medievais, que encarnavam os ideais de nobreza de caráter e espírito, lutando contra as forças do mal com lealdade e justiça.
No século XX houve uma retomada desse estilo literário através do enlace com o gênero de Ficção Cientifica e Fantasia.
Arthur Clark, um dos maiores autores de FC, contribuiu para esse enlace com a criação da famosa “Terceira Lei de Clark” ao dizer que “Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da Magia”.
A junção de alta tecnologia, indistinguível da magia, com as características inerentes a impérios, medievalismos e afins, gerou obras monumentais que enriqueceram o universo literário com possibilidades praticamente infinitas de cenários e extrapolações emocionais e intelectuais.
Pode-se citar sagas riquíssimas como a saga “Fundação” de Isaac Asimov (o “pai” da Robótica); “Darkover”, de Marion Bradley Zimmer (autora da famosa série Brumas de Avalon); “Duna”, de Frank Herbert; e até mesmo a saga filmográfica de “Guerra nas Estrelas” de Stephen Spielberg.
Criar um romance é um trabalho árduo, complexo, envolve a necessidade de se criar tramas fortes que sustentem a narrativa, tramas paralelas que auxiliem a trama central e que apresentem os cenários e as personalidades dos personagens envolvidos, para isso é necessário que haja muita pesquisa não apenas histórica como também sociológica de forma a gerar a verossimilhança necessária a uma boa narrativa.
Quando se “cria” um mundo ou mesmo um universo paralelo para ambientação de uma saga é preciso levar em conta os fatores da verossimilhança que estão embasados nas regras de coerência e coesão que regem as narrativas complexas.
Para alguns pode parecer muito mais fácil lidar com Ficção Cientifica e Fantasia justamente por poder-se trabalhar além dos limites do que está estabelecido cientificamente, porém, para o autor muitas vezes isso acaba gerando um problema muito complexo. É preciso descrever os mundos e o  universo imaginário de forma que o leitor consiga reconstruí-los na sua mente, bem como traçar as complexas tramas que vão dar sustentação a narrativa.
Esse foi o desafio que Michel Fonseca se propôs a vencer ao criar a saga dos Sete Cavaleiros de Algord.
Trabalhando com uma linguagem acessível, com toda a ginga e flexibilidade dos autores brasileiros, utilizando-se de recursos emprestados do RPG (Role-Playing Game) e de técnicas narrativas, Michel Fonseca dispôs-se a contar a história de sete amigos que são transportados para uma galáxia distante (Irione) onde terão que enfrentar uma nova realidade que se vincula a uma vida anterior para impedir que a liberdade e justiça sejam banidas do Universo.
Esse projeto começa, na própria fala de Michel Fonseca, com o primeiro livro da Saga “Os Sete Cavaleiros de Algord” e conta a historia de Mick Fronsac e seus seis amigos que são abduzidos para Galáxia Irione, mais precisamente para o planeta Tood-Sil’s, assim que chega Mick conhece a jovem Celina D’Kiet, mas logo são separados pelo Capitão Silk Aydu que leva Mick para o palácio Sil’s. Lá ele reencontra seus amigos e conhece o General Ivaniv Koor, que conta que eles são a reencarnação de sete cavaleiros que viveram em um planeta chamado Algord e que a misteriosa morte deles deu origem ao Império Sarac que domina a galáxia há mais de vinte anos sob a liderança do Imperador Telvarius Sarac. Koor pede para eles se aliarem ao RAS “Revolução AntiSaracsista” que tem como seu principal objetivo derrubar o Império Sarac e devolver a liberdade para a galáxia, os sete jovens aceitam e se aliam ao movimento, começando assim um intenso treinamento de combate e de adaptação ao seu novo mundo.
Os Sete Cavaleiros de Algord iniciam uma guerra para reconquistarem a Torre de onde partem os Mops galácticos que cruzam o universo e que podem levá-los de volta para casa, mas ela foi dominada pelo império, que deseja utilizar os mops para expandir seu domínio pelo universo.
Ficam os questionamentos que se formam a partir daí:
Conseguirão os Sete Cavaleiros de Algord atingirem o seu objetivo e superarem todas as adversidades que surgirem em seus caminhos, lutando por suas vidas e por ideais maiores, apesar de terem sido lançados nesse caminho sem qualquer aviso prévio?
Conseguirá Michel Fonseca vencer o desafio de escrever uma saga moderna de Ficção e Fantasia demonstrando toda a capacidade dos autores brasileiros, usando as “cores” locais como ponto de partida e se igualar aos gigantes internacionais estimados pelo público?

Estas são respostas que os livros da saga, já no segundo volume, e o tempo dirão, e estaremos acompanhando cada passo desse percurso com o entusiasmo de um fã e a visão aguçada de um crítico, até que os desejados resultados sejam alcançados e possamos descansar satisfeitos de nossa jornada junto com os Sete Cavaleiros de Algord.

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Aos que tem o poder de Ferir - Danny Marks



          
           Há de se temer os que tem poder de ferir, como se teme a Barca de Caronte, com respeito temeroso daquilo que não se compreende e que está além de nossas forças superar eternamente, um farol sombrio que nos guia os passos incertos e que traça objetivos e finais.
           
            Há de se temer os que tem poder de ferir, como se teme a Burca.
            O temor resignado e revoltante que nos suprime a liberdade de ver e agir; que nos embrulha em falsas proteções e ideias vagas, que submete a quem submetemos-nos, até que o algoz seja substituído por outro algoz.

            Há que se temer os que tem poder de ferir, como se teme a Beca.
            O temor insatisfeito e suplicante do poder que ainda está longe de ser alcançado e de quem dependemos para ir além e nos manter além de nós mesmos.

            Há de se temer os que tem poder de ferir, porque são pequenos e frágeis vitimas de algo que os fere, que conquistaram com lágrimas e dor. Portadores do poder que julgam necessário exercer com lágrimas e dor.

            Há de se odiar os que tem poder de ferir enquanto não se tem o poder de ferir. Lutando pela sobrevivência, justificando o ferir nessa luta que torna perdedores os vencedores, que torna covardes os heróis auto proclamados, que torna animais os que se curvam ao seu uso, abuso.

            Há de se superar os que têm o poder de ferir, como se supera obstáculo indefinível. Com paciência e inteligência. Com força tranquila que se arranca da compreensão dos que tem o poder de ferir.

            Há que se elevar o poder dos que não querem ferir mesmo tendo poder para isso. Gigantes se tornam quando decidem sobreviver sem dor.
            Vivendo entre os que ferem  e abdicando dessa forma vil de poder, mostrando que força verdadeira é energia de fazer, não de destruir.
           
            Há que se respeitar os que tem poder de ferir e não o fazem porque são verdadeiramente fortes; porque se recusam a usar a Barca, a Burca e a Beca como fontes de poder e estas perdem seu dominio sobre eles.
            Respeitados serão, inatingíveis, embora ao alcance de todos.
            Respeitados serão porque se tornaram fortes sem ferir.
            Haveremos assim, de nos tornar Humanos e aprendermos a sorrir.



 
(Danny Marks - 06/02/2007)         

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